O ditado popular “filho de peixe, peixinho é” nunca foi tão verdadeiro quanto nas Olimpíadas de Paris 2024. Diversos atletas brasileiros estão seguindo os passos de seus pais, que também brilharam em suas carreiras no esporte, e agora representam o Brasil com a mesma dedicação e talento. Conheça quem são eles.
A Olimpíadas de Paris se encerra no próximo dia 11 de agosto, mesma data em que é comemorado o Dia dos Pais no Brasil e muitos atletas retornam para suas casas com um presente mais que especial para os papais: o legado no esporte e, alguns deles, com a medalha olímpica.
Filhos de atletas nas Olimpíadas de Paris
A herança esportiva não se limita apenas ao DNA, mas também ao ambiente, à cultura e ao apoio familiar. Pais e filhos que são atletas não apenas compartilham habilidades semelhantes, mas frequentemente inspiram um ao outro a alcançar novos patamares em suas respectivas carreiras.
Assim, esses talentos não só honram suas famílias, mas também enchem o Brasil de orgulho. Veja os atletas que nasceram com o esporte no sangue:
Beatriz Souza
A judoca Beatriz Souza ganhou, em uma final emocionante, da israelense Raz Hershko, na categoria 78kg, conquistando o ouro olímpico, o primeiro para o Brasil e a terceira medalha do judô nas Olimpíadas de Paris.
Com uma técnica impecável, a disciplina e dedicação de Beatriz se destacou junto com a vitória. Talentosa, ela carrega o judô no sangue, isso porque, seu pai, Poscedonio José de Souza Neto, foi judoca e, ao ver o interesse da menina, incentivou-a a seguir na carreira.
Bruninho
Ser filho de duas lendas olímpicas é a realidade de Bruno Rezende, mais conhecido como Bruninho, levantador da seleção brasileira de vôlei. Sua mãe, Vera Mossa, competiu nas Olimpíadas de Moscou (1980), Los Angeles (1984) e Seul (1988). Seu pai, Bernardinho, atual técnico da seleção masculina de vôlei, ganhou prata como jogador nas Olimpíadas de Los Angeles. Ambos foram atletas de vôlei.
Mesmo eliminados sem nenhuma medalha da Olimpíadas de Paris, tanto pai quanto filho têm currículos vitoriosos. Como treinador, Bernardinho liderou tanto a seleção feminina quanto a masculina, conquistando várias medalhas para o Brasil. Bruninho também tem um currículo impressionante com três medalhas olímpicas: ouro no Rio (2016) e pratas em Pequim (2008) e Londres (2012).
Martine Grael e Marco Grael
Filhos do renomado medalhista olímpico Torben Grael, Martine Grael e Marco Grael seguiram os passos do pai e se tornaram velejadores.
Martine compete ao lado de Kahena Kunze na classe 49erFX. A dupla conquistou dois ouros olímpicos: um no Rio de Janeiro em 2016 e outro em Tóquio em 2021. Já Marco compete com Gabriel Simões na vela skiff. Ambos participaram das Olimpíadas do Rio e de Tóquio, e agora estão em sua terceira participação olímpica em Paris.
Eles seguem o legado vitorioso do pai. Torben Grael também é bicampeão olímpico, tendo conquistado ouro na classe star em Atlanta (1996) e Atenas (2004), além de uma prata em Los Angeles (1984) e dois bronzes em Seul (1988) e Sydney (2000).
O que a participação feminina nas Olimpíadas diz sobre equidade no esporte?
Tal mãe, tal filho
Não falta orgulho para as mamães também! A influência e apoio materno no desenvolvimento atlético dos filhos pode ser vista em diversos exemplos célebres, conheça alguns:
Carol Solberg
A jogadora de vôlei de praia Carol Solberg é filha de Isabel Salgado. Isabel foi uma figura importante no vôlei brasileiro, participando das Olimpíadas de Moscou (1980) e Los Angeles (1984) no vôlei de quadra. Ela nunca competiu no vôlei de praia nos Jogos Olímpicos, a modalidade essa que só foi incluída na edição de Atlanta (1996).
Após se aposentar, Isabel treinou seus filhos Maria Clara Salgado, Pedro Solberg e Carol Solberg no vôlei de praia. Pedro competiu nas Olimpíadas do Rio em 2016. Infelizmente, Isabel faleceu em 2022 e não pôde ver Carol jogar ao lado de Bárbara Seixas em Paris.
João Vitor Marcari Oliva
João Vitor Marcari Oliva seguiu uma trajetória diferente da mãe ao escolher o hipismo. Filho da ex-jogadora de basquete Hortência Marcari, a Olimpíadas de Paris é sua terceira participação na competição esportiva.
Ele vive a experiência olímpica desde o berço. Sua primeira Olimpíada foi aos seis meses quando sua mãe o levou aos Jogos de Atlanta em 1996, onde a seleção feminina de basquete conquistou uma medalha de prata.
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