A capital paulista antecipou a campanha de vacinação contra o vírus da gripe (influenza). A aplicação começou na sexta-feira, 28 de março, nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e AMAs/UBSs Integradas da cidade.
A medida foi tomada após o recebimento da primeira remessa do imunizante, com 265.700 doses. A campanha nacional, promovida pelo Ministério da Saúde, tem previsão de início em 7 de abril.
Com a antecipação, a Prefeitura de São Paulo já começou a aplicar as vacinas no público considerado prioritário.
Quem pode se vacinar?
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Idosos com 60 anos ou mais
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Crianças de 6 meses a menores de 6 anos
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Gestantes
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Puérperas (mulheres até 45 dias após o parto)
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Pessoas com doenças crônicas
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Povos indígenas e comunidades quilombolas
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Pessoas em situação de rua
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Trabalhadores da saúde
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Trabalhadores da educação
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Profissionais das forças de segurança e salvamento
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Profissionais das Forças Armadas
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Pessoas com deficiência permanente
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Caminhoneiros
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Trabalhadores do transporte coletivo
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Trabalhadores portuários
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Funcionários e pessoas privadas de liberdade
As vacinas estão disponíveis gratuitamente em todas as UBSs e AMAs/UBSs Integradas da cidade.
Vacina da gripe o ano inteiro
Uma mudança importante foi anunciada recentemente: a vacina da gripe passa a integrar o Calendário Nacional de Vacinação, ou seja, fica disponível o ano todo para crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes e idosos com 60 anos ou mais.
A decisão leva em conta o fato de que surtos de gripe podem acontecer fora do outono e inverno, como explica a médica Mônica Levi, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm): “apesar de termos mais casos no outono e inverno, surtos também acontecem ao longo do ano. Manter a vacina disponível é uma forma de prevenção contínua.”
Por que a vacinação é tão importante?
A gripe é, muitas vezes, vista como uma doença comum, mas pode trazer complicações sérias, especialmente para grupos mais vulneráveis. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 3,5 milhões de pessoas por ano sofrem formas graves da gripe.
Além do impacto direto, a doença pode agravar problemas já existentes, como diabetes tipo 2, aumentar o risco de complicações cardiovasculares, como AVC e infarto, prejudicar órgãos vitais, como pulmão, coração e cérebro.
Por isso, a vacinação continua sendo a forma mais eficaz de prevenir essas complicações e proteger a saúde — especialmente de quem está nos grupos de risco.