A aprovação da vacina contra chikungunya pela Anvisa foi um marco significativo na luta contra a doença no Brasil. A partir dessa decisão, o Ministério da Saúde solicitará a inclusão do imunizante no SUS (Sistema Único de Saúde), garantindo seu acesso à população em todo o país.
A proposta de incorporar a vacina contra chikungunya ao SUS será encaminhada à Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS). Essa comissão tem a missão de avaliar as tecnologias que podem ser adotadas pela rede pública de saúde, como é o caso dessa vacina.
A expectativa é que, caso o pedido seja aprovado e a produção esteja disponível, o imunizante seja integrado ao Programa Nacional de Imunizações (PNI). A vacinação será destinada a adultos a partir dos 18 anos, com o intuito de proteger a população de uma doença que tem causado preocupação em todo o Brasil.
Eficácia e segurança do imunizante
Desenvolvida pelo laboratório Valneva, em parceria com o Instituto Butantan, a vacina contra chikungunya é a primeira do tipo a ser aprovada no Brasil. Ela demonstrou eficácia e segurança em dois estudos clínicos de fase 3, realizados tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.
No estudo conduzido pelo Instituto Butantan, 98,8% dos participantes apresentaram anticorpos neutralizantes após a aplicação, o que demonstra a alta eficácia do imunizante. Esses resultados positivos trazem esperança para o controle da chikungunya, que, embora não tenha vacina até agora, possui tratamentos que amenizam os sintomas.
A importância da vacinação contra a chikungunya no SUS
O pedido de incorporação ao SUS também envolve a produção local de uma versão do imunizante que será formulada e rotulada no Brasil. Essa alternativa tem como objetivo reduzir os custos da vacina contra chikungunya, tornando-a mais acessível à população, especialmente aos que dependem da saúde pública. A inclusão da vacina no SUS é um avanço considerável na estratégia de combate à doença, uma vez que ela poderá ser distribuída de forma gratuita em postos de saúde por todo o país.
Chikungunya no Brasil: um problema crescente
A chikungunya é uma doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo transmissor da dengue e da zika. Desde que o vírus foi introduzido no Brasil em 2014, os casos da doença têm aumentado, e atualmente, ela está presente em todos os estados do país.
Até o dia 14 de abril de 2025, o Brasil registrou mais de 68 mil casos e 56 mortes confirmadas. Por isso, os números reforçam a importância de medidas de prevenção e do acesso a vacinas eficazes, como a vacina contra chikungunya, que pode ajudar a reduzir a incidência da doença e melhorar a qualidade de vida dos afetados.
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