Reutilizar roupas faz parte da rotina de muitas pessoas, e algumas peças toleram esse hábito. Jeans, casacos e até camisetas costumam ganhar mais de um uso, especialmente nos dias mais frios. No entanto, quando o assunto são os pés, a conversa muda bastante. Reutilizar meias pode trazer consequências que vão além do mau cheiro — e a ciência explica o motivo.
Reutilizar meias muda o equilíbrio natural dos pés
Os pés abrigam uma verdadeira comunidade microscópica. Essa região concentra até mil espécies diferentes de microrganismos, entre bactérias e fungos. Além disso, a pele dos pés possui uma das maiores quantidades de glândulas sudoríparas do corpo. Ou seja, suor não falta.
Como resultado, esse ambiente quente e úmido se torna perfeito para micróbios se multiplicarem. Ao reutilizar meias, você mantém o tecido em contato direto com suor, células mortas da pele e resíduos bacterianos. Com o tempo, isso altera o equilíbrio natural da região e favorece problemas como irritações, infecções e, claro, o famoso chulé.
Bactérias produtoras de odor explicam o chulé
O cheiro desagradável não surge do suor em si. Na verdade, ele aparece quando entram em cena as bactérias produtoras de odor. Algumas espécies transformam o suor em compostos com aromas bem específicos — que lembram queijo, cebola ou até cheiro animal.
Quanto mais tempo a meia permanece sem lavagem, mais alimento essas bactérias encontram. Além disso, elas conseguem sobreviver por semanas — e até meses — nos tecidos, principalmente no algodão. Portanto, ao calçar uma meia já usada, você reativa esse processo e intensifica o chulé.

Lavar as meias evita a proliferação de fungos e infecções
Além do odor, existe outro ponto de atenção: a saúde. As meias acumulam microrganismos vindos do ambiente, como chão da casa, academia e até da rua. Estudos mostram que elas concentram muito mais bactérias do que outras peças de roupa usadas por um único dia.
Entre esses micróbios, podem aparecer fungos associados ao pé de atleta, uma infecção contagiosa que causa coceira, descamação e rachaduras. Por isso, lavar as meias corretamente reduz o risco de contaminação e impede que esses agentes se espalhem para sapatos, cama e até o sofá.
Como lavar as meias do jeito certo no dia a dia
Felizmente, alguns cuidados simples fazem toda a diferença. Sempre que possível, lave as meias após o uso. Para pés sem odor intenso, água morna entre 30 °C e 40 °C com detergente neutro já ajuda. No entanto, para uma higienização mais profunda, prefira temperaturas em torno de 60 °C e detergentes com enzimas.
Alternar os sapatos durante a semana permite que eles sequem completamente. Secar as meias ao sol também contribui, já que a luz ultravioleta tem ação antimicrobiana natural. Assim, você controla o chulé e mantém os pés mais saudáveis.
A verdade que muita gente ignora sobre reutilizar meias
Embora pareça inofensivo, reutilizar meias favorece o acúmulo de bactérias e fungos, intensifica o mau cheiro e aumenta o risco de infecções. Especialistas em microbiologia, como a professora Primrose Freestone, da Universidade de Leicester, reforçam que trocar as meias diariamente é a forma mais eficaz de manter os pés limpos e protegidos. No fim das contas, aquela economia de tempo pode custar caro para o conforto e a saúde. Trocar e lavar as meias todos os dias é um cuidado simples, mas essencial.
Resumo: Reutilizar meias cria o ambiente ideal para bactérias produtoras de odor. Esses microrganismos intensificam o chulé e aumentam o risco de infecções. Lavar as meias corretamente e trocar diariamente protege a saúde dos pés.
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