O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) tem sido cada vez mais diagnosticado em adultos no Brasil. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a prevalência do transtorno no país acompanha a média global, estimada em 5% da população adulta. Já de acordo com a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), cerca de 6% das pessoas acima dos 45 anos e 5,2% dos indivíduos entre 18 e 44 anos apresentam o transtorno.
Embora o TDAH seja mais associado à infância, muitos adultos descobrem o diagnóstico tardiamente. Casos como os da apresentadora Sabrina Sato e do jornalista Phelipe Siani, que foram diagnosticados apenas na vida adulta, são exemplos disso. O problema é que, por muito tempo, o transtorno não recebeu a devida atenção, sendo confundido com preguiça, distração ou comportamento inadequado.
Sintomas do TDAH no adulto
O TDAH se manifesta de diferentes formas em cada indivíduo. Algumas pessoas apresentam desatenção, outras têm hiperatividade e impulsividade, e há ainda aqueles com sintomas combinados. Entre os sinais mais comuns do transtorno em adultos estão:
- Dificuldade em gerenciar o tempo: atrasos constantes e problemas para cumprir prazos.
- Desafios em relacionamentos: esquecimentos frequentes e dificuldade em demonstrar afeto podem gerar conflitos interpessoais.
- Procrastinação e dificuldade para iniciar tarefas: adiar compromissos importantes pode ser um grande problema.
- Comportamento impulsivo: dificuldade em controlar emoções, agir sem pensar e correr riscos desnecessários.
- Dificuldade ao dirigir: problemas com distração no trânsito e direção imprudente.
Tratamentos para TDAH
O tratamento do TDAH em adultos pode incluir uma combinação de terapia e medicamentos. A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é uma das abordagens mais eficazes, ajudando o paciente a desenvolver estratégias para lidar com os desafios do transtorno.
Em relação aos medicamentos, os mais prescritos são:
- Psicoestimulantes: lisdexanfetamina e metilfenidato são as opções mais comuns e ajudam a melhorar a atenção e o foco.
- Atomoxetina: recentemente disponível no Brasil, é uma alternativa não estimulante para tratar o transtorno.
- Outros medicamentos: dependendo do histórico do paciente, podem ser indicados outros fármacos que auxiliam no controle dos sintomas.
O diagnóstico e o tratamento adequados podem trazer melhorias significativas na qualidade de vida de quem tem TDAH, permitindo maior organização, controle emocional e melhor desempenho no trabalho e nos relacionamentos.
Leia também:
TDL: o que é e como identificar