A Síndrome de Burnout tornou-se conhecida do grande público quando a jornalista Izabella Camargo, que trabalhava na TV Globo, revelou o motivo de seu afastamento da televisão: o esgotamento profissional. “As respostas não estão na internet, a cura não está na farmácia, o alívio para qualquer desafio físico e emocional não está longe. A saída é para dentro e as respostas estão na natureza. Externa e interna. Olhando o céu, observando os ciclos da natureza, fica mais fácil lembrar e compreender que tudo passa. Coisas boas e ruins passam”, escreveu na época em suas redes sociais.
Infelizmente, este parece ter se tornado um fenômeno de crescimento perigoso após o início da pandemia do novo coronavírus. Afinal, mesmo que muitos estejam trabalhando de suas casas no modelo home office, suas tarefas aumentaram dentro das 24 horas diárias. Quem permanece empregado ou se recolocou, percebe que o cenário nas organizações é insano, aumentando a pressão diária.
NÃO AGUENTO MAIS!
Também conhecida como a Síndrome do Esgotamento Profissional, o Burnout é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastantes, que demandam muita competitividade ou responsabilidade. Paulo Lessa, médico e proprietário do Instituto Lessa, explica à AnaMaria Digital que a principal causa dessa doença, é o excesso de trabalho.
Para o médico, esta síndrome é comum em profissionais que atuam diariamente sob pressão e com responsabilidades constantes, como médicos, enfermeiros, professores, policiais, jornalistas, dentre outros. “Ela pode resultar em estado de depressão profunda, e, por isso, é essencial procurar apoio profissional no surgimento dos primeiros sintomas”, esclarece.
SINTOMAS E SINAIS
- Cansaço excessivo, físico e mental;
- Alterações no apetite;
- Insônia;
- Dificuldades de concentração;
- Alterações repentinas de humor;
- Fadiga;
- Dores musculares;
- Problemas gastrointestinais;
- Alteração nos batimentos cardíacos.
ATENÇÃO!
Muitas pessoas não buscam ajuda médica por não conseguirem identificar todos os sintomas, negligenciando a situação sem saber que algo mais sério pode estar acontecendo. “Não tome remédios sem prescrição médica. Procure ajuda especializada e tente manter o equilíbrio entre o trabalho, lazer, família, vida social e atividades físicas”, aconselha o médico.
MUDANÇA DE HÁBITOS
A atividade física regular e os exercícios de relaxamento devem ser rotineiros, para aliviar o estresse e controlar os sintomas da doença. Também vale participar de atividades de lazer com amigos e familiares. “Tente fugir da rotina, nem que seja caminhando pelo bairro, e evite o contato com pessoas ‘negativas’ se possível, especialmente aquelas que reclamam do trabalho ou dos outros”, ressalta.
Vale lembrar que é super importante que você converse com alguém de confiança sobre o que está sentindo. “Evite consumo de bebidas alcoólicas, tabaco ou outras drogas, porque só vai piorar a confusão mental. Outra conduta recomendada para prevenir a Síndrome de Burnout é descansar adequadamente, com boa noite de sono (pelo menos 8h diárias)”, finaliza.