Sidney Magal deu um susto nos fãs na última quinta-feira (26). O cantor, que se apresentava no SESI de São José dos Campos, no interior do Estado de São Paulo, precisou interromper um show após passar mal durante um número. Ele deixou o palco e recebeu atendimento médico.
Logo após o acontecido, a assessoria do famoso informou que ele teve um pico de pressão devido à sequência intensa de shows nos últimos dias. Mas, afinal, o que é um pico de pressão? E como evitá-lo? O médico João Vicente da Silveira, especialista em cardiologia e Médico do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo (SP), solucionou tais dúvidas em entrevista à AnaMaria Digital.
O QUE É UM PICO DE PRESSÃO?
Segundo o profissional da saúde, a situação é causada quando há um aumento súbito da pressão. Dependendo de sua gravidade, pode caracterizar a chamada urgência hipertensiva. “São situações clínicas que colocam a vida do paciente em risco. Se essa pressão tem um aumento súbito, pode ter consequências graves: como um infarto ou um AVC – que é o derrame. Isso pode ser muito problemático na saúde da pessoa”,explica.
O pico de pressão pode ser desencadeado por fatores de risco já presentes na saúde do paciente. João Vicente enumera alguns dos motivos mais comuns: “Colesterol ou triglicérides altos, diabetes, obesidade, vida sedentária, uso de medicamentos que elevem a pressão – como corticoide ou anti-inflamatórios – drogas ilícitas, o hábito de tabagismo, cintura abdominal aumentada e depressão são todos fatores de risco que se ajuntam – e elevam – a pressão arterial.”
Ele ressalta que pessoas com história familiar positiva para tais doenças são mais suscetíveis a apresentar pressão alta e, consequentemente, estão sujeitas a picos de pressão.
O QUE FAZER AO PASSAR POR ISSO?
A primeira coisa que se deve fazer é, sem dúvidas, procurar um médico para mais orientações. “O indivíduo precisa passar por um pronto-atendimento para ver se essa pressão alta não causou algum risco no coração ou no rim”, afirma o cardiologista.
Além de checar os danos após o pico, o profissional da saúde irá prescrever as medicações necessárias para o controle dos fatores de risco. O doutor em cardiologia explica que o risco também diminui com certas mudanças de hábito: “Ter uma vida saudável, parar com o cigarro, não ter privação do sono, evitar vida sedentária e fazer atividade física vão ajudar bastante na melhora da saúde deste paciente”, alerta.