A atriz Samara Felippo recentemente usou suas redes sociais para desabafar sobre estar com suspeita de endometrioma, uma das doenças ginecológicas que mais afeta as mulheres do Brasil. Em uma série de postagens, a famosa fez uma alerta aos seguidores sobre a importância do acompanhamento médico e dos exames de rotina.
“Sim, mulheres! É muito importante. Estou fazendo pois no meu exame de rotina na ginecologista ela ficou desconfiada de um endometrioma. Eu nem sabia que existia. Mas só vou saber certinho após esse exame”, escreveu a atriz, que mudou de visual em 2023.
Mas o que é endometrioma? É uma doença que é caracterizada por cistos formados no interior dos ovários e é causada pela endometriose. O problema também promove uma ação estrogênica, mexendo com a regulação da menstruação.
Em entrevista à ANA MARIA, o especialista em endometriose e cirurgia íntima feminina Dr. César Patez falou um pouco sobre a doença e como ela pode ser tratada, evitando maiores problemas para a saúde das mulheres. Confira a explicação:
O que é endometrioma?
O endometrioma é causado pela endometriose, ou seja, doença inflamatória pélvica, em que o tecido que reveste o interior do útero , se desprende e consegue chegar aos ovários. Principalmente durante a menstruação, formando pequenas bolsas que vai acumulando sangue.
Quais são os sintomas?
“Os sintomas estão relacionados ao da endometriose, em geral, que vão desde cólicas menstruais leves ou intensas até dores nas relações sexuais, dor ao urinar, dor ao evacuar e infertilidade”.
Como é feito o diagnóstico?
“O diagnóstico é realizado pela clínica do paciente, e exame físico associado a exames de imagem, como a ultrassonografia endovaginal, podendo ser complementado com a ressonância de pelve e abdômen”.
O endometrioma pode ser genética?
“Bom, de acordo com o jornal The New England Journal of Medicine, em 2020 foi feita uma pesquisa que estima que a herdabilidade da endometriose é de, aproximadamente, 50%. Embora, as variações genéticas representem 26% dos riscos de desenvolvimento da doença. Ou seja, se alguém da sua família tiver endometriose, você tem 50% de chance de ter também. E, de todos os fatores de risco associados à endometriose, a genética representa apenas 26%”.
