Em setembro de 2022, Larissa Manoela, que estará no elenco da próxima novela das 19h ‘Êta Mundo Melhor!’, compartilhou com o público um assunto delicado: o diagnóstico de endometriose. A atriz, de 24 anos, contou nas redes sociais que sentia fortes dores e decidiu investigar os sintomas.
“Descobri, por meio de um ultrassom, que tenho endometriose e ovário policístico. Não é fácil ser mulher. O diagnóstico assusta, mas estou determinada a buscar o melhor tratamento para essas doenças”, revelou na época.
O que é endometriose e por que afeta tantas mulheres
De acordo com a ginecologista e pesquisadora Fabiane Berta, a endometriose ocorre quando células semelhantes às do endométrio (tecido que reveste o útero) crescem fora da cavidade uterina, podendo atingir ovários, trompas e até a bexiga.
Com isso, surgem dores intensas, especialmente durante o ciclo menstrual e as relações sexuais, além de dificuldade para engravidar.
A especialista alerta que a doença impacta não só o físico, mas também o emocional das pacientes. “A dor crônica e a frustração de não conseguir engravidar são fatores que afetam diretamente a autoestima da mulher. O diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações maiores”, reforça.
Apesar de afetar cerca de 10% das mulheres em idade fértil, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o diagnóstico costuma demorar. Isso acontece, entre outros motivos, porque a dor menstrual intensa é frequentemente naturalizada.
Como diferenciar cólicas comuns da doença
Segundo o ginecologista Sérgio Rocha, da Santa Casa de São Roque (SP), é importante observar se a cólica interfere nas atividades diárias. “Quando a dor não permite que a mulher vá trabalhar ou precise tomar remédios constantemente para suportá-la, é hora de investigar com mais atenção”, orienta.
O especialista lembra que nem toda dor intensa está relacionada à endometriose, mas também pode sinalizar miomas, doenças inflamatórias pélvicas ou até infecções. Por isso, um acompanhamento com o ginecologista é essencial.
A confirmação da doença costuma incluir exame clínico, exames de imagem, laboratoriais e, em alguns casos, uma biópsia.
Larissa Manoela mostra que é possível lidar com a endometriose
Ao compartilhar seu tratamento, Larissa Manoela demonstrou que é possível viver bem com a condição e incentiva outras mulheres a buscarem apoio. Além de medicamentos, a rotina de cuidados com a alimentação, prática de atividades físicas e terapias complementares pode fazer diferença.
Segundo os especialistas, opções como anticoncepcionais hormonais, compressas de água quente e técnicas como pilates, acupuntura e fisioterapia auxiliam na redução dos sintomas. No entanto, cada caso é único, e apenas o ginecologista pode indicar a melhor abordagem.
Sérgio ainda ressalta que manter uma vida equilibrada ajuda na regulação dos hormônios. “Dormir bem, controlar o estresse e ter uma alimentação saudável contribui para o alívio da dor e prevenção de novas crises”, explica. Afinal, o bem-estar emocional tem ligação direta com a intensidade dos sintomas menstruais.
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Resumo: Larissa Manoela compartilhou com o público que sofre de endometriose, uma doença que causa dor intensa e pode afetar a fertilidade. Embora ainda sem cura, é possível controlar seus efeitos com diagnóstico precoce, tratamento médico e mudanças no estilo de vida.
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