Rafa Justus usou as redes sociais para falar sobre saúde mental. Aos 15 anos, a influenciadora abriu o coração sobre os desafios da vida e a importância de pedir ajuda. O desabafo gerou grande repercussão entre seus seguidores.
Em um vídeo publicado no Instagram, Rafa Justus compartilhou um momento de vulnerabilidade. “Eu não estou dando conta”, disse. A jovem destacou que, em algum momento, todos já se sentiram sobrecarregados.
Ela também alertou sobre os perigos de ignorar esses sentimentos. “Não dar conta de tudo é normal”, reforçou a filha de Roberto Justus e Ticiane Pinheiro.
Rafa Justus fala sobre pressão e saúde mental
No vídeo, a influenciadora explicou como a pressão do dia a dia pode afetar a mente. “As responsabilidades se acumulam, a exaustão chega e esse sentimento de insuficiência toma conta de você”, afirmou.
Ela enfatizou que pedir ajuda não é fraqueza, mas um ato de coragem. “Nosso problema maior é nos forçarmos a acreditar que temos que enfrentar tudo sozinhos. Meu conselho é: respire, se priorize e seja gentil consigo mesmo”.
A jovem também abordou a ilusão de que é possível dar conta de tudo ao mesmo tempo. “A nossa mente nos força a acreditar que conseguimos abraçar o mundo. Mas, no fim, a única pessoa com quem precisamos estar é com nós mesmos”, concluiu.
O cenário da saúde mental no Brasil
A preocupação com a saúde mental nunca foi tão grande. O Brasil ocupa o quarto lugar entre os piores índices do mundo, segundo um estudo da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).
Os transtornos mentais representam 16% das doenças que afetam adolescentes de 10 a 19 anos. Entre os mais comuns estão depressão, ansiedade, transtorno bipolar e dependência química, alerta o psiquiatra Dr. Rodrigo Lancelote Alberto, do CEJAM.
Dados da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) do SUS mostram um aumento dos casos de ansiedade entre jovens. Em 2023, pela primeira vez, os números superaram os registrados entre adultos.
A importância do apoio familiar e social
A adolescência é uma fase de intensas mudanças. Para a psiquiatra Dra. Ivete Gianfaldoni Gattas, especialista em Psiquiatria da Infância e Adolescência, essa fase exige atenção redobrada.
“A impulsividade, aliada à pouca experiência, reduz a resiliência e aumenta a vulnerabilidade emocional. O apoio da família, amigos e professores é essencial para ajudar o adolescente a enfrentar essas dificuldades”, explica.
O suicídio já é a terceira principal causa de morte entre adolescentes de 15 a 19 anos, segundo a OPAS. Para evitar esses desfechos, a especialista reforça a importância de um olhar atento.
“Entender o que o adolescente está passando e ser afetuoso nesse momento são formas essenciais de cuidado. Estimular o acompanhamento psicológico e garantir a segurança no uso de medicamentos também são passos fundamentais”, destaca.
Buscar apoio profissional é o primeiro passo para superar os desafios emocionais. “Meu conselho para os pais é: não minimizem o sofrimento dos seus filhos. Estejam presentes e ofereçam a ajuda que gostariam de ter recebido na adolescência”, finaliza a médica.
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