Sophia, filha de Maíra Cardi e Arthur Aguiar, de 6 anos, passou por uma cirurgia para tirar amigdalas. O procedimento, chamado amigdalectomia, é indicado em casos de infecções frequentes, roncos persistentes, apneia do sono ou quando o aumento das amígdalas atrapalha a respiração.
O otorrinolaringologista pediátrico Vitor Chen, membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), explica que sinais como dores de garganta recorrentes, febre constante e noites mal dormidas podem acender o alerta.
“Mais de 95% dos pacientes melhoram, principalmente nos casos de ronco e apneia do sono”, afirmou em entrevista ao portal Terra. A cirurgia é feita com anestesia geral e, na maioria das vezes, as crianças se recuperam mais rápido do que os adultos.
Benefícios de remover as amígdalas
Além de reduzir as infecções, tirar amigdalas melhora a passagem do ar, especialmente à noite, diminuindo roncos e pausas respiratórias. Em alguns casos, o procedimento é realizado junto à adenoidectomia, que remove a adenoide, outra estrutura que pode obstruir as vias respiratórias e agravar os sintomas.
Quando as amígdalas ou a adenoide estão aumentadas, é comum a criança respirar com a boca aberta, ter sono agitado e até apresentar pausas na respiração. Nessas situações, a cirurgia combinada pode trazer mais conforto e qualidade de vida.
Filha da Maíra Cardi pode? Veja idade ideal para cirurgia
Não existe idade mínima para realizar a amigdalectomia. De acordo com Chen, a maioria das crianças começa a apresentar sintomas a partir dos dois anos. “A indicação é baseada nos sintomas, e não na idade. Se a criança sofre com infecções repetidas ou dificuldade para respirar, é preciso considerar a cirurgia”, reforça.
O médico lembra que, apesar do receio de alguns pais, é importante seguir a avaliação do especialista. “As indicações partem do médico que acompanha o caso, e não de opiniões de conhecidos ou crenças populares.”
A recuperação infantil costuma ser rápida. Em geral, após dois ou três dias, a criança apresenta sintomas mais leves, e em até uma semana está praticamente recuperada. O pós-operatório exige repouso domiciliar nos primeiros dias e, em alguns casos, uma dieta mais pastosa e morna.
Sorvete pode ser um aliado, tornando a recuperação mais agradável e incentivando a ingestão de líquidos. O cuidado principal é evitar a desidratação, que pode ocorrer se a criança recusar comida ou bebida.
Riscos e cuidados necessários
Entre os riscos, o mais comum é o sangramento nos primeiros dias. Em casos raros, pode haver complicações mais graves. A desidratação, no entanto, é a intercorrência mais frequente e precisa de atenção.
A cirurgia para tirar amigdalas não impede que a criança tenha novas infecções de garganta, resfriados ou febres. No entanto, costuma reduzir a frequência e a intensidade desses episódios. Por isso, conversar com a criança sobre o procedimento é essencial. Uma forma lúdica é dizer que existe um “bichinho” na garganta ou no nariz que precisa ser retirado para que ela fique mais saudável.
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Resumo: A cirurgia para tirar amigdalas, como a realizada na filha de Maíra Cardi, é indicada para casos de infecções recorrentes e dificuldades respiratórias. O procedimento, feito sob anestesia geral, apresenta alta taxa de sucesso e recuperação rápida em crianças, embora exija cuidados no pós-operatório para evitar complicações como sangramentos e desidratação.
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