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Início Bem-estar e Saúde

Prazer imediato: por que desaprendemos a esperar?

Com um clique, conseguimos comida, entretenimento e até aprovação social, mas o excesso de recompensas instantâneas está mudando a forma como o cérebro reage à vida real

Lígia Menezes Por Lígia Menezes
22/10/2025
Em Bem-estar e Saúde
Por que desacostumamos a esperar? Foto: FreePik

Por que desacostumamos a esperar? Foto: FreePik

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Esperar virou quase um ato de resistência. Ficar cinco minutos na fila parece tortura, e alguns minutos sem o celular já causam desconforto. Vivemos em um tempo em que tudo acontece rápido, mas essa pressa constante tem um preço: estamos perdendo a capacidade de lidar com a espera, com o tédio e até com o silêncio.

A explicação está na forma como o cérebro lida com o prazer. Quando fazemos algo que nos dá satisfação, seja comer um doce, comprar algo online ou receber uma curtida nas redes sociais, o corpo libera dopamina, um neurotransmissor ligado à sensação de recompensa.

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Segundo a psiquiatra Anna Lembke, da Universidade de Stanford e autora do livro Nação Dopamina (Editora Vestígio, 2022), o problema é que nosso cérebro não foi feito para lidar com tantos estímulos o tempo todo.

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A era da dopamina

A dopamina sempre foi essencial para a sobrevivência. Ela nos motivava a procurar comida, abrigo e relações sociais. Mas hoje, não precisamos mais de esforço para obter prazer: basta um clique. Essa facilidade cria um ciclo de estímulos contínuos que sobrecarrega o sistema de recompensa do cérebro.

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Lembke explica que quanto mais buscamos sensações prazerosas, menos o cérebro reage a elas – um fenômeno conhecido como neuroadaptação.

É o mesmo princípio que ocorre em vícios: o corpo precisa de doses cada vez maiores de dopamina para sentir o mesmo prazer. O resultado é uma insatisfação crônica, mesmo em meio a tantas possibilidades de prazer.

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Em experimentos citados pela médica, as atividades mais comuns elevam os níveis de dopamina em diferentes intensidades: chocolate aumenta em 55%, sexo em 100%, nicotina em 150%, cocaína em 225% e anfetaminas em até 1000%. O que muda é a velocidade com que o prazer chega – e quanto mais rápido ele vem, mais viciante tende a ser.

O vício moderno

Se antes vícios estavam ligados a substâncias, hoje o problema se espalhou para comportamentos cotidianos: rolar o feed, assistir vídeos curtos, fazer compras impulsivas, maratonar séries. Cada curtida, notificação ou promoção ativa o mesmo sistema cerebral que um vício químico.

O prazer virou produto e o mercado aprendeu a explorá-lo. As redes sociais funcionam como um caça-níquel emocional, oferecendo pequenas recompensas em troca da nossa atenção.

É por isso que sentimos ansiedade quando o celular está longe ou o vídeo demora a carregar. Nosso cérebro se acostumou à excitação constante e desaprendeu a lidar com o intervalo.

Por que desacostumamos a esperar? Foto: FreePik
Por que desacostumamos a esperar? Foto: FreePik

O custo do prazer rápido

O efeito colateral dessa busca por prazer imediato é a dificuldade em lidar com frustrações. Esperar, errar ou enfrentar o tédio se tornou quase intolerável.

Isso afeta desde a produtividade até os relacionamentos: queremos resultados sem esforço, conexões sem conflito e sucesso sem tempo de maturação.

Segundo Lembke, evitar o desconforto nos torna emocionalmente frágeis. A psiquiatra alerta que o contato com a dor e com a frustração é essencial para o equilíbrio mental. São essas experiências que constroem resiliência – a “casca emocional” que nos permite lidar com perdas, rejeições e desafios.

Reaprender a esperar

A solução, segundo a especialista, não está em eliminar o prazer, mas em reaprender a lidar com o desconforto. Isso pode ser feito em pequenas doses: passar um tempo longe do celular, praticar atividades que exigem paciência, fazer pausas conscientes.

Até o banho gelado, citado por Lembke como exemplo, pode ajudar o cérebro a reencontrar o equilíbrio, reforçando a tolerância à dor e diminuindo a compulsão por estímulos.

No fim, o prazer imediato é tentador, mas passageiro. O verdadeiro bem-estar vem do que é construído com tempo, presença e esforço. Em um mundo que valoriza a pressa, esperar pode ser o novo luxo e o maior ato de liberdade.

Resumo: 

A busca constante por recompensas rápidas está alterando a forma como o cérebro processa o prazer. Segundo Anna Lembke, da Universidade de Stanford, o excesso de estímulos provoca queda na sensibilidade à dopamina e reduz nossa capacidade de lidar com frustrações. Reaprender a esperar e aceitar o desconforto é essencial para recuperar o equilíbrio emocional.

Leia também:

A química das redes sociais: estamos viciados?

Tags: dopaminaprazer imediato
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Lígia Menezes

Lígia Menezes

Lígia Menezes (@ligiagmenezes) é jornalista, pós-graduada em marketing digital e SEO, casada e mãe de um menininho de 3 anos. Autora de livros infantis, adora viajar e comer. Em AnaMaria atua como editora e gestora. Escreve sobre maternidade, família, comportamento e tudo o que for relacionado!

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