O queridinho dos procedimentos faciais, a aplicação de ácido hialurônico vem ganhando destaque nos últimos anos. No entanto, é preciso estar atenta para cada caso, já que o procedimento possui contraindicações, como é o caso da gravidez. Por isso, AnaMaria Digital conversou com a especialista Shaieli Roedel, Ortopedista Funcional dos Maxilares e Harmonização Orofacial, para tirar as principais dúvidas sobre a técnica.
PARA QUE SERVE O ÁCIDO HIALURÔNICO?
O ácido hialurônico é utilizado para volumização e modelagem do rosto, por meio de aplicações injetáveis. Ele tem o intuito de trazer sustentação, preenchimento e hidratação da pele, dentre outras funções. A substância é produzida naturalmente pelo corpo e pode ser encontrada em maiores quantidades na pele. No entanto, conforme o ser humano envelhece, a produção de ácido hialurônico do corpo diminui naturalmente.
Algumas das funções da substância são: reter água e manter os tecidos hidratados, evitando a flacidez, as linhas e sinais de expressão, mantendo a pele viçosa e revitalizada. Ele ainda pode ser encontrado na forma de gel, creme, cápsulas, solução oral, e deve ser usado somente com indicação de um especialista.
QUAIS SEUS BENEFÍCIOS?
Segundo a profissional: “O ácido hialurônico é indicado para quem deseja uma melhora da qualidade de pele e contorno do rosto. É um dos procedimentos injetáveis mais utilizados para combater o envelhecimento precoce, devolvendo sustentação da pele, volume, além de hidratá-la, devido a sua potente ação de hidratação e também pode ser um ótimo aliado contra os efeitos do estresse crônico na pele”.
Shaieli Roedel informa que o gerenciamento do envelhecimento não é a única função do ácido hialurônico, que também pode servir para preenchimento labial, suavização de olheiras, rinomodelação, preenchimento de mandíbula, queixo e maçã do rosto, entre outros.
QUANTO TEMPO A SUBSTÂNCIA FICA NO ORGANISMO?
O ácido hialurônico é absorvido pelo corpo, de forma que seus efeitos não são definitivos. Vale destacar que a durabilidade dos preenchimentos depende de diversos fatores, já que cada organismo é diferente.
“Geralmente sua durabilidade varia entre oito meses até um ano. Porém, é importante ressaltar que não é uma regra, podendo variar esse tempo de acordo com a resposta individual de cada organismo. Estudos recentes apontam que pode durar muito mais do que indicam as empresas dos produtos”, aponta Roedel.
EM QUE CASOS SE PODE USAR O ÁCIDO HIALURÔNICO?
Apesar de dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) apontarem que a perda dos contornos e hidratação da pele inicia-se aos 25 anos, a especialista recomenda que cada caso seja avaliado individualmente. Ela diz que não existe uma idade certa para iniciar o uso do ácido hialurônico ou uma recomendação que sirva igualmente para todas as pessoas.
“A partir desta idade [25 anos], a produção natural diminui, pois o corpo começa a ter dificuldade para repor o material extracelular desgastado, consequentemente há aumento da flacidez pela perda de hidratação, sustentação, brilho, maciez e textura da pele. Desta forma, é possível usar o ácido hialurônico como parte do processo de gerenciamento do envelhecimento, juntamente com os bioestimuladores de colágeno”, explica ela.
No entanto, ela ressalta: “O procedimento deve ser realizado de maneira segura, respeitando quantidade de produto, local, anatomia e aplicação correta”.
Além disso, há casos nos quais o uso do ácido hialurônico deve ser evitado. Alguns deles são:
- Pessoas com hipersensibilidade ou alergias conhecidas aos componentes da formulação
- Gestantes
- Pessoas com doença autoimune (não controlada) e histórico de reações alérgicas
Shaieli Roedel explica que caso aconteça alguma intercorrência, utiliza-se uma enzima chamada hialuronidase, que degrada o ácido hialurônico que é absorvido rapidamente pelo organismo, ou seja, o ácido hialurônico pode ser revertido e eliminado.