Giovanna Ewbank revelou durante o ‘Quem Pode, Pod’, no YouTube, que seu filho Bless foi diagnosticado com uma síndrome sensorial. O Transtorno de Processamento Sensorial afeta sentidos básicos, como audição, olfato, paladar, visão e tato. A artista contou que a criança de apenas oito anos ouve e sente mais cheiro, já que a condição acomete a forma como o cérebro processa as informações sensoriais, ou seja, os estímulos.
O transtorno pode atingir todos os sentidos ou apenas um. As crianças podem perceber os estímulos com mais ou menos intensidade e são mais propícias a sofrerem com a síndrome, mas adultos também podem ter os sintomas. Sua causa exata ainda não é conhecida, mas estudos apontam que pode ser genético. A síndrome é mais frequente em pessoas com transtorno do espectro autista (TEA) e outras deficiências de desenvolvimento.
De acordo com o serviço de saúde do governo do Canadá, alguns comportamentos podem evidenciar o transtorno. Como por exemplo a recusa a ser tocado, agitação e necessidade de estar sempre em movimento, recusa a comer determinados alimentos pela sensação de mastigação, aversão a sujar as mãos, hipersensibilidade a odores e certos tecidos, dificuldade de se acalmar após exercícios, excessivamente sensível ao som, entre outros.
Para ter um diagnóstico, é preciso que os pais observem o comportamento de seus filhos e um especialista pode identificar a condição. Embora não tenha cura, o tratamento é realizado por meio de terapia, concentrada em atividades que desafiam a criança com estímulos sensoriais.
“Diversas vezes ele passava, por exemplo, pela cozinha, e falava: ‘Ai, que cheiro forte!’. E eu falava: ‘Bless, para com isso. É frescura, filho! É o cheiro da cebola’. Quando ele pisava na grama e falava: ‘Me tira daqui!’. E eu falava: ‘Filho, para de frescura, é só grama’. Queria muito colo, não gostava de ir para o meio do mato – onde a gente vai muito – porque o barulho das moscas incomodava ele”, afirmou Giovanna. Ela ainda declarou que se sentiu culpada por não perceber os sintomas do menino.
“A gente teve que entender, observar, se adaptar. E hoje, o Bless vive com essa síndrome sensorial muito bem. Mas foi preciso o meu olhar, o olhar do Bruno [Gagliasso], o olhar de vários médicos para que a gente entendesse a condição do Bless. Eu poderia pensar que era frescura pelo resto da vida”.