O corante vermelho, conhecido como eritrosina ou Vermelho nº 3, é amplamente utilizado na indústria alimentícia, em cosméticos e medicamentos para conferir uma coloração vibrante e atrativa. No entanto, enquanto a substância é proibida em países como os Estados Unidos, onde sua utilização foi barrada pela FDA devido a preocupações com a saúde, no Brasil ela continua sendo liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O debate em torno da eritrosina gira em torno de sua relação com possíveis riscos à saúde. Estudos indicaram a ligação entre o corante e casos de câncer em camundongos, motivando as restrições internacionais. Apesar disso, ele segue presente em produtos consumidos no dia a dia, especialmente em alimentos ultraprocessados.
O que é eritrosina e onde o corante vermelho está presente?
A eritrosina é um corante sintético do grupo dos corantes azo, derivado de compostos químicos contendo iodo. Sua principal função é realçar a aparência visual dos produtos, tornando-os mais atrativos aos olhos do consumidor. Utilizada em alimentos como balas, confeitos, gelatinas e sorvetes, sua tonalidade vermelho-rosa vibrante se tornou sinônimo de doces coloridos e alimentos direcionados ao público infantil.
Além de alimentos, a substância é encontrada em cosméticos, medicamentos e até em produtos não alimentícios, como tintas e corantes industriais. Apesar do apelo visual, consumidores devem ficar atentos às indicações nos rótulos, onde o corante pode aparecer como eritrosina, Vermelho nº 3, INS 127 ou E127.
Por que a eritrosina foi proibida nos EUA?
Nos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA) proibiu o uso da eritrosina em alimentos e medicamentos devido a estudos que identificaram riscos potenciais de câncer em camundongos expostos a doses elevadas da substância. Embora as concentrações utilizadas nesses estudos sejam maiores que aquelas consumidas por seres humanos, o histórico de preocupações foi suficiente para justificar a proibição.
A FDA estabeleceu prazos até 2027 e 2028 para que indústrias alimentícias e farmacêuticas dos EUA substituam o corante. Essa medida faz parte de uma abordagem preventiva para proteger a saúde pública, mesmo que os efeitos da eritrosina em humanos não sejam conclusivos.
No Brasil, por outro lado, a substância é permitida e segue sendo utilizada em produtos voltados para o público geral. A Anvisa considera seguro o uso do corante desde que respeitados os limites estabelecidos para ingestão.
Riscos à saúde: vale o alerta sobre o corante vermelho?
Embora a eritrosina continue sendo considerada segura em muitos países, o debate sobre seus possíveis impactos à saúde persiste. Como a substância é sintética, sua ingestão em grandes quantidades pode estar associada a reações adversas, especialmente para pessoas mais sensíveis a compostos artificiais.
A conscientização sobre os aditivos presentes nos alimentos industrializados é fundamental. Consumidores podem evitar ou reduzir o consumo de produtos com eritrosina ao optar por alimentos mais naturais e menos processados, além de consultar os rótulos dos produtos regularmente.
A discussão sobre o corante vermelho reforça a importância de se atentar ao que está presente em nossos alimentos. Apesar de amplamente utilizado no Brasil e em outras partes do mundo, ele segue sendo alvo de estudos e debates por possíveis riscos à saúde.
Com a proibição do uso da eritrosina nos Estados Unidos, um novo alerta é emitido sobre o consumo de aditivos sintéticos. Cabe aos consumidores e autoridades balancearem a conveniência e os riscos, promovendo escolhas alimentares mais conscientes e seguras.
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