Com o crescimento das redes sociais e o avanço das tecnologias médicas, os procedimentos estéticos nunca estiveram tão em alta. Ainda assim, quando o assunto é cirurgia das mamas, muitas mulheres continuam cercadas por informações desencontradas, o que pode gerar insegurança e até frustração após a operação.
Para esclarecer os principais equívocos, conversamos com a cirurgiã plástica Luiza Hassan, especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, que revelou os três mitos mais comuns sobre a prótese mamária e outros procedimentos nos seios. A seguir, veja o que é fato, o que é exagero e o que realmente deve ser considerado antes de tomar qualquer decisão.
Nem toda cirurgia das mamas causa perda de sensibilidade
Um dos maiores medos de quem vai colocar ou retirar prótese mamária é perder a sensibilidade nas mamas. Mas, segundo a médica, essa não é uma consequência obrigatória.
“Pode ocorrer uma alteração de sensibilidade, que, na maioria dos casos, costuma ser temporária. Isso está relacionado às cicatrizes, especialmente à cicatriz periareolar, e ao inchaço da mama, mas tende a se normalizar entre algumas semanas e poucos meses”, esclarece Luiza.
Ou seja, embora o incômodo possa aparecer no pós-operatório, ele costuma desaparecer com o tempo. Ainda assim, é essencial discutir esse ponto com a equipe médica e entender quais técnicas estão sendo indicadas para o seu caso específico.
A prótese mamária sozinha não corrige a flacidez
Outro mito bastante comum é acreditar que, ao colocar uma prótese mamária, a flacidez desaparece. Isso, porém, não passa de ilusão.
“Algumas pacientes acreditam nisso, tentando evitar cicatrizes nas mamas, mas é mito. Quando existe excesso de pele, a gente precisa restaurar o formato da mama com a mastopexia. A prótese, isoladamente, só vai deixar a mama mais pesada, favorecendo uma queda muito maior”, explica a cirurgiã.
Portanto, se o objetivo for levantar os seios e acabar com a flacidez, é preciso considerar a mastopexia – também chamada de lifting de mamas – que pode ou não ser associada ao implante de silicone. Ignorar essa etapa, na tentativa de evitar cicatrizes, pode comprometer totalmente o resultado.
Volume grande é sinônimo de mama bonita
A crença de que só uma prótese mamária grande proporciona um resultado bonito ainda faz parte do imaginário de muitas mulheres. Mas, de acordo com Hassan, isso é um grande equívoco.
“Não podemos esquecer que, quanto maior a prótese, mais pesada ela é e mais ela vai romper os ligamentos naturais, porque a lei da gravidade vai continuar puxando o tecido para baixo”, alerta.
Na prática, isso significa que um volume exagerado pode acelerar a queda dos seios e até causar outras complicações, como dor, desconforto e necessidade de novas cirurgias no futuro.
Dessa forma, vale mais a pena escolher um tamanho proporcional ao corpo, que respeite a anatomia e traga mais harmonia ao visual. O bom senso é sempre o melhor aliado.
Cirurgia das mamas: o que considerar antes da decisão
Além de se informar e desfazer os mitos, é fundamental conversar com profissionais qualificados e esclarecer todas as dúvidas. Afinal, como afirma a especialista, “quando o paciente entende as possibilidades e os limites de cada técnica, ele faz escolhas mais conscientes e seguras”.
Outro ponto importante é ter expectativas realistas. Embora a cirurgia das mamas possa elevar a autoestima e melhorar o contorno corporal, ela não deve ser vista como uma solução para inseguranças mais profundas ou pressões externas.
Por fim, respeite o seu tempo. Pesquise, reflita e busque apoio emocional, se sentir necessidade. Cirurgia plástica é algo sério e deve ser decidida com calma e segurança.
Resumo: Nem toda cirurgia nos seios causa perda de sensibilidade, e prótese grande ou sozinha não corrige flacidez. O ideal é buscar orientação médica e fugir de expectativas irreais. Com informação, diálogo e bom senso, a cirurgia das mamas pode sim trazer mais autoestima e bem-estar.
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