O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sofreu um acidente doméstico no Palácio da Alvorada, no último sábado (19), o que resultou em um ferimento na cabeça. Segundo a coluna de Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, o incidente ocorreu no banheiro, e o presidente foi prontamente encaminhado ao Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, para receber atendimento médico.
Após ser tratado, ele retornou ao Palácio da Alvorada. No entanto, no dia seguinte, Lula voltou ao hospital para a realização de exames complementares.
A equipe médica responsável orientou o presidente a evitar viagens aéreas de longa duração neste momento, motivo pelo qual sua participação presencial na cúpula do Brics, que ocorrerá na Rússia, foi cancelada.
Em comunicado oficial, a Secretaria de Comunicação da Presidência informou que Lula dará continuidade às suas atividades regulares no Palácio do Planalto e participará das discussões do encontro internacional por meio de videoconferência.
O boletim médico emitido pelo Hospital Sírio-Libanês detalhou que o presidente sofreu um “ferimento corto-contuso” na região occipital, necessitando de sutura na parte posterior da cabeça. O médico Roberto Kalil Filho, que cuida da saúde do presidente, assegurou que Lula se encontra em bom estado geral. Contudo, destacou a importância de monitoramento adicional para descartar qualquer risco de sangramento cerebral futuro.
O médico destacou que, apesar do impacto, Lula não perdeu a consciência. “Ele não desmaiou, não escorregou, nem nada disso”, assegurou Kalil. “Os próximos dias serão de observação, mas ele já pode retomar suas atividades normais. Está tudo bem com o presidente.”
Por que Lula cancelou a viagem?
Após sofrer o acidente doméstico e ser encaminhado para o hospital, Lula recebeu a orientação de que era melhor cancelar a viagem que faria para Rússia, onde participaria da Cúpula dos Brics. Estava previsto para o presidente embarcar no domingo (20), às 17h.
De acordo com o médico Roberto Kalil, as longas horas de voo poderiam ter um impacto negativo na saúde do presidente depois do acidente doméstico.
“Qualquer paciente que tem um traumatismo craniano, e foi um golpe importante na região de trás da cabeça, com repercussão no cérebro ou em outra região cerebral, na temporal, por exemplo, com menos de 24 horas, o bom senso por orientação médica é que o presidente não viajasse longas distâncias. Provavelmente ele iria viajar mais de dez, quinze horas, além da pressurização e tudo mais. Então, por orientação médica, ele aceitou e cancelou a viagem”, explicou Kalil.
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