Recentemente, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo confirmou a presença do norovírus em amostras coletadas na Baixada Santista, após milhares de registros de viroses na virada do ano. Esse agente infeccioso é um dos principais causadores de doenças gastrointestinais no mundo, conhecido por provocar sintomas como diarreia, vômitos e dores abdominais.
A transmissão do norovírus ocorre, geralmente, por meio de água ou alimentos contaminados, além do contato direto com pessoas infectadas. Por ser altamente contagioso, surtos são comuns em locais com alta densidade populacional e situações de saneamento precário. Apesar de a infecção durar, em média, três dias, ela pode trazer riscos mais graves para crianças, idosos e pessoas com imunidade comprometida.
O que é o norovírus e como ele age?
O norovírus é um agente viral responsável por surtos de gastroenterite em diferentes partes do mundo. Altamente contagioso, ele resiste a variações de temperatura e a algumas práticas comuns de higiene, o que torna sua disseminação um desafio.
De acordo com especialistas, os sintomas podem variar de pessoa para pessoa, mas frequentemente incluem diarreia, vômito, dores no abdômen, febre e mal-estar geral. Esses sinais aparecem entre 12 e 48 horas após a exposição ao vírus e, embora o período de recuperação seja curto, as consequências podem ser mais severas para populações vulneráveis.
Prevenção e cuidados essenciais
Prevenir a contaminação pelo norovírus requer atenção a hábitos de higiene e ao consumo de alimentos e água de procedência confiável. Entre as principais medidas para evitar a infecção, destacam-se:
- Evitar o consumo de água ou alimentos contaminados: Verifique a origem de frutas, verduras e carnes e, sempre que possível, consuma alimentos bem cozidos.
- Manter as mãos limpas: Lave-as regularmente, principalmente antes de comer ou preparar alimentos e após utilizar o banheiro.
- Ficar atento às condições das praias: Não entre na água de locais classificados como impróprios pela CETESB ou em praias 24 horas após chuvas intensas.
- Hidratação constante: Em caso de diarreia, intensifique a ingestão de líquidos para evitar complicações de saúde.
Tratamento
Embora a infecção pelo norovírus geralmente não requeira hospitalização, a hidratação é crucial no tratamento. A Secretaria de Saúde alerta que evacuações frequentes, vômitos persistentes, pele seca ou boca seca são sinais de que pode ser necessário buscar ajuda médica.
Em situações mais graves, especialmente em crianças e idosos, pode ser indicada a hidratação endovenosa. Porém, a hospitalização é rara e, na maioria dos casos, o cuidado adequado em casa é suficiente para garantir a recuperação. É fundamental evitar a automedicação e buscar orientação médica em caso de dúvida.
O impacto dos surtos de norovírus
Surtos de norovírus são um lembrete da importância de investir em saneamento básico e conscientizar a população sobre práticas de higiene. Com ações preventivas simples, como lavar bem os alimentos, beber água filtrada e manter o ambiente limpo, é possível reduzir significativamente o risco de contaminação.
Com alta capacidade de disseminação, o norovírus continua sendo um desafio para a saúde pública. Por isso, compreender como ele atua e como se prevenir é essencial para proteger a si mesmo e as pessoas ao redor.
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