A partir de março, as famílias brasileiras ganham um novo aliado na proteção dos bebês contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR). O nirsevimabe, um imunizante para VSR, promete prevenir infecções graves causadas por esse vírus, que é um dos principais responsáveis por internações de crianças com menos de 1 ano. A boa notícia foi anunciada pela Sanofi, farmacêutica responsável pela produção do medicamento, que já está trabalhando para disponibilizá-lo em hospitais, maternidades e clínicas particulares.
Por que o VSR preocupa tanto?
O VSR é um vírus que circula com mais intensidade durante o outono e o inverno, causando infecções respiratórias que podem levar a complicações sérias, especialmente em bebês prematuros ou com condições de saúde específicas. O nirsevimabe chega como uma solução inovadora, oferecendo proteção imediata e eficaz.
Como funciona o nirsevimabe?
Diferente de uma vacina tradicional, que estimula o corpo a produzir anticorpos, o nirsevimabe já entrega os anticorpos prontos. Ele age como um “escudo protetor”, impedindo que o vírus infecte as células do bebê. A aplicação é feita em dose única, geralmente no músculo da coxa, e pode ser realizada junto com outras vacinas do calendário infantil.
Onde encontrar e quanto custa?
Por enquanto, o imunizante para VSR estará disponível apenas na rede privada, com preço de fábrica em torno de R$ 2.663,32. No entanto, para o consumidor final, o valor pode ultrapassar R$ 3 mil.
Apesar do custo, os planos de saúde são obrigados a cobrir o medicamento para bebês prematuros ou com condições específicas, como doenças cardíacas ou pulmonares.
E no SUS?
Ainda não há previsão para a disponibilização do nirsevimabe no Sistema Único de Saúde. A Sanofi está em discussão com o Ministério da Saúde para incluir o medicamento no SUS, especialmente para prematuros. Enquanto isso, as famílias que precisarem do imunizante terão que recorrer à rede privada.
Nirsevimabe x Palivizumabe: qual a diferença?
Antes do nirsevimabe, o palivizumabe era o principal medicamento usado para prevenir infecções graves pelo VSR. A grande diferença está no número de doses: enquanto o palivizumabe exige aplicações mensais, o nirsevimabe requer apenas uma dose, garantindo proteção durante toda a temporada de risco. Além disso, o novo medicamento tem cobertura mais ampla na rede privada, beneficiando mais famílias.
Com o nirsevimabe, os pais ganham mais uma ferramenta para proteger seus bebês durante os meses mais críticos do ano. Apesar de ainda não estar disponível no SUS, o medicamento representa um avanço significativo no combate ao VSR. Fique atenta às novidades e converse com o pediatra do seu filho para saber mais sobre essa opção de proteção.
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