O Ministério da Saúde reportou o primeiro caso de morte por varíola dos macacos (Monkeypox) no Brasil, na última quinta-feira (28). Trata-se de um homem de 41 anos que vivia em Minas Gerais e possuía comorbidades.
O falecido é natural de Uberlândia (MG) e estava internado no Hospital Eduardo de Menezes, em Belo Horizonte. Ele apresentava imunidade baixa e comorbidades, como um linfoma, tipo de câncer que afeta as células do corpo. A causa da morte foi choque séptico, agravada pela doença.
No mundo inteiro, só foram registradas cinco mortes pela doença até o momento. No Brasil o número de casos chega a quase mil, que se concentram mais na região sudeste: São Paulo com 744, Rio de Janeiro com 117 e Minas Gerais com 44. O Espírito Santo destoa destes números, com apenas dois casos confirmados.
Outra informação foi divulgada nesta sexta-feira (29): a de que três crianças testaram positivo para a enfermidade, em São Paulo.
TRANSMISSÃO E SINTOMAS
O contágio da varíola dos macacos ocorre pelo contato com uma pessoa contaminada, seja por meio de lesões, fluídos corporais ou materiais contaminados.
No geral, os sintomas não leves, mas apresenta risco para aqueles que já possuem algum tipo de comorbidade, como pessoas imunossuprimidas com HIV/Aids, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos de idade.
Aqueles que contraem a doença podem ter: febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas durante os primeiros cinco dias, erupções cutâneas (na face, palmas das mãos, solas dos pés), lesões, pústulas e crostas.
No último sábado (23), a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a varíola dos macacos uma “emergência de saúde pública de interesse internacional”. Diante dos casos no Brasil, o Ministério da Saúde busca comprar vacinas contra a doença.
O órgão governamental informou que a recomendação da OMS é imunizar pessoas que tiveram contato estreito com casos suspeitos e profissionais de saúde que tenham alta exposição ao vírus.