Em rodas de conversa entre amigos ou em família, é normal as pessoas brincarem sobre o exame de toque retal, popularmente conhecido como o exame de próstata.
No entanto, muitos homens acabam encarando essa necessidade com certo receio e preconceito, e acabam fugindo do médico. Mas é preciso mudar.
De acordo com o INCA, estão previstos 68.220 novos casos de câncer de próstata no Brasil apenas em 2018. Na prática, são 66 casos a cada 100 mil homens.
Isso torna o câncer de próstata o segundo mais comum entre os homens no país. Fica atrás apenas do câncer de pele não-melanoma.
PREVENÇÃO É FUNDAMENTAL
“Por este motivo, é importante realizar métodos de rastreamento para detecção precoce do tumor, quando as chances de cura são maiores”, alerta Manuel Caitano Maia, oncologista do Centro de Oncologia do Paraná, em Curitiba.
Uma pesquisa recente da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) apontou que 47% dos homens na idade de risco para o câncer de próstata nunca fizeram o exame de toque retal.
SUPER SIMPLES
A boa notícia é que, segundo o profissional, não há o que temer. “O exame é simples, dura menos de 1 minuto e não causa dor”, ressalta, antes de dizer que é possível realizá-lo até mesmo com o paciente em pé. “O importante é determinar a condição da próstata de maneira satisfatória.”
Geralmente, o médico consulta o paciente para determinar se há, por exemplo, história familiar de câncer, e pede também o exame PSA (Antígeno Prostático Específico), o qual é dosado no sangue e também faz parte do rastreamento.
“Ele é muito importante, pois nem todos os tumores de próstata são detectáveis no toque retal. Assim, o PSA e o toque retal são exames complementares”.
IDADE DE ALERTA
A faixa etária sugerida para o início do rastreamento do câncer próstata é a partir de 50 anos para a população em geral.
No entanto, aqueles com fatores de risco (pacientes negros, com história familiar de câncer de próstata e portadores de algumas mutações genéticas) o rastreamento pode começar mais cedo, por volta de 40 e 45 anos.
“A frequência dos exames pode variar de a cada dois a cinco anos, dependendo dos fatores de risco e/ou das alterações nos exames prévios”, detalha o médico.