A menopausa marca uma fase de transformações intensas no corpo feminino, especialmente no que diz respeito à saúde do coração. Com a queda do estrogênio, um hormônio que desempenha um papel essencial na proteção do sistema cardiovascular, o risco de arritmias e outras doenças cardíacas pode aumentar significativamente.
Isso porque esse hormônio tem a função de dilatar os vasos sanguíneos e favorecer a circulação, mantendo o sistema arterial saudável. Quando seus níveis diminuem, como ocorre entre os 45 e 55 anos, o risco de complicações cresce, chamando a atenção para a necessidade de cuidados redobrados.
Como a queda do estrogênio impacta o coração?
De acordo com o Alexsandro Fagundes, cardiologista e presidente da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC), a queda do estrogênio enfraquece a proteção do coração e dos vasos sanguíneos. “Essa deficiência hormonal pode aumentar os níveis de colesterol LDL (colesterol ruim), o que eleva o risco de hipertensão e doenças cardíacas”, explica o especialista.
Além disso, o Hospital do Coração de São Paulo (HCor) aponta que as chances de desenvolver problemas cardiovasculares aumentam em até 30% durante a menopausa. Fatores como histórico familiar, sedentarismo, obesidade e tabagismo agravam ainda mais esse cenário, tornando os cuidados preventivos indispensáveis.
Sintomas que merecem atenção
É importante estar atenta aos sinais que o corpo dá durante essa fase. Sintomas como palpitações, cansaço excessivo, falta de ar, tonturas, desmaios ou dores no peito podem indicar problemas cardíacos que exigem acompanhamento médico imediato.
Hábitos saudáveis para cuidar da saúde do coração na menopausa
Adotar um estilo de vida saudável é essencial para proteger o coração durante e após a menopausa. Segundo o Alexsandro, a combinação de uma alimentação equilibrada com a prática regular de atividades físicas é uma das formas mais eficazes de reduzir riscos.
Além disso, controlar o estresse, garantir uma boa qualidade de sono e evitar hábitos prejudiciais, como o consumo excessivo de álcool e o tabagismo, são atitudes que fazem toda a diferença.
Por fim, consultas regulares com um cardiologista são fundamentais. Esse acompanhamento permite o monitoramento da saúde do coração e a detecção precoce de possíveis complicações, garantindo mais tranquilidade e qualidade de vida para as mulheres nessa etapa tão importante.
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