Google Lens é uma ferramenta do Google, que identifica qualquer objeto ou imagem ao redor pela câmera do celular, via inteligência artificial. O Google informou nesta quarta-feira (14) que o sistema Google Lens será capaz de detectar diversas condições relacionadas à pele do usuário. Tudo começa com o app oficial do Google. Ao enviar uma imagem na área de busca visual, a plataforma apresenta fotos similares àquelas que você mandou.
As informações apresentadas a partir das fotos enviadas são apenas pesquisas do próprio banco de dados da internet, com orientações dadas a partir de fotos parecidas, sem um diagnóstico definido e sim apenas um conjunto de dados apresentados ao usuário. Mas afinal, como de fato é realizado um diagnóstico médico para identificar uma doença ou anomalia na pele.
Convidamos o médico dermatologista Tony Portela para explicar os benefícios da facilidade de acesso à informação pelas novas tecnologias e como é feito um diagnóstico médico em um ambiente especializado. “Assim como a proposta do google, o diagnóstico inicia com um exame visual, com o dermatologista, existem casos em que o médico também pode usar uma lente portátil ou dermatoscópio para visualizar melhor as áreas de interesse”, explica o médico.
“Apesar da análise visual ser importante, ela é válida quando existe uma bagagem informacional grande de quem está examinando, caso contrário, é importante a realização de outros testes e exames como raspagens, Lâmpada de Wood (luz negra) dentre outros testes na pele”, explica o especialista Tony, alertando também que é necessário entender do paciente se existem casos de doenças no histórico familiar para complementar o diagnóstico.
Por fim, o médico informa que muitos casos necessitam de um diagnóstico mais profundo, não sendo suficiente, somente o visual. “A biópsia, às vezes, deve ser realizada, nela é extraído uma pedaço da pele para ser examinada ao microscópio. Para esse procedimento, o médico adormece a pele com anestésico local e, com um pequeno bisturi, ele remove uma parte da pele.” Finaliza o especialista.