Mariana Rios, de 39 anos, revelou que descobriu um problema de saúde após dificuldades para engravidar. A partir de relatos íntimos, a atriz compartilhou nas redes sociais que foi diagnosticada com trombofilia adquirida, uma condição que aumenta o risco de formação de coágulos sanguíneos, chamados trombos.
“Eu tive uma trombofilia adquirida e a gente teve que fazer um exame genético. Como é importante falar sobre isso. Imagina se eu tivesse passando por tudo isso sozinha?”, declarou a apresentadora.
Pouco discutido fora dos consultórios médicos, Mariana Rios trouxe o tema à tona e criou a rede de apoio Basta Sentir para outras mulheres que vivem com a doença, que tem grande impacto na vida de quem sonha com a maternidade.
Mariana Rios trombofilia e os riscos na gestação
A condição, segundo especialistas, aumenta o risco de formar coágulos no sangue, o que pode comprometer a circulação da placenta durante a gestação.
“Durante a gestação, o organismo feminino já apresenta naturalmente um maior risco de coagulação. Quando há trombofilia associada, esse risco se intensifica, podendo comprometer a circulação placentária e levar a complicações como aborto, pré-eclâmpsia, restrição de crescimento fetal e até óbito do bebê”, explica a ginecologista Graziela Canheo, da La Vita Clinic.
A médica reforça que o problema pode ser hereditário ou adquirido, como no caso de Mariana. A trombofilia interfere diretamente na placentação, processo essencial para o desenvolvimento do bebê.
Como o diagnóstico é feito?
A ginecologista Natália Castro explica que o diagnóstico é feito por meio de exames de sangue. Eles costumam ser indicados em casos de histórico de abortos repetidos, tromboses, pré-eclâmpsia ou restrição de crescimento fetal.
Nem todas as mulheres que tentam engravidar precisam fazer os exames. Mas em casos de risco, como destaca a Dra. Paula Fettback, o diagnóstico precoce pode evitar complicações futuras. “Esse olhar mais preventivo faz toda a diferença no desfecho das gestações.”
Dá para engravidar com trombofilia?
Ter trombofilia não impede uma gravidez, desde que haja acompanhamento médico adequado. O tratamento costuma envolver o uso de anticoagulantes, como a heparina de baixo peso molecular, e, em alguns casos, ácido acetilsalicílico (AAS).
“O tratamento pode incluir o uso de anticoagulantes como a heparina de baixo peso molecular e, em alguns casos, ácido acetilsalicílico (AAS). Essas medicações ajudam a prevenir a formação dos coágulos e permitem que a gestação siga normalmente”, explica Graziela.
Natália completa: “Fazer o diagnóstico no momento certo pode evitar perdas gestacionais e garantir uma gravidez saudável até o parto”.
“A trombofilia é responsável por um número significativo de abortos de repetição. Saber que ela existe, diagnosticar no momento adequado e tratar de forma individualizada é fundamental para proteger a mulher e seu futuro bebê”, finaliza Paula.
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