A malária é uma doença infecciosa grave transmitida por mosquitos do gênero Anopheles, especialmente comum em regiões tropicais e subtropicais. Recentemente, a atenção global foi direcionada para a província de Kwango, na República Democrática do Congo, onde uma crise sanitária evidenciou a presença significativa de malária entre os casos de uma doença inicialmente classificada como misteriosa. Este cenário ressalta a importância de compreender os sintomas, estratégias de prevenção e as opções de tratamento para combater a doença de forma eficaz.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que 80% das amostras coletadas em Panzi deram positivo para malária, destacando o impacto devastador da doença em populações vulneráveis, especialmente crianças menores de 14 anos. Além disso, a baixa imunização e os altos índices de desnutrição aumentam os riscos de complicações graves.
Principais sintomas da malária
Os sintomas da malária costumam se manifestar de forma cíclica e incluem:
- Febre alta e calafrios;
- Suor intenso;
- Dor de cabeça e dores musculares;
- Náuseas, vômitos e diarreia;
- Cansaço extremo.
Em casos graves, a malária pode evoluir para complicações como insuficiência respiratória, danos cerebrais e anemia severa, exigindo tratamento médico imediato.
Prevenção: como se proteger contra a malária?
A prevenção é fundamental em áreas endêmicas de malária, onde o risco de transmissão é maior. Entre as estratégias recomendadas estão:
- Uso de mosquiteiros tratados com inseticidas: essencial para proteger especialmente crianças e gestantes;
- Repelentes e roupas protetoras: aplicar repelentes na pele exposta e vestir roupas de mangas compridas durante a noite ajudam a reduzir o contato com mosquitos;
- Controle ambiental: eliminar água parada, onde os mosquitos se reproduzem, é uma medida eficaz;
- Quimioprofilaxia: pessoas que viajam para regiões de risco devem considerar medicamentos preventivos prescritos por um médico.
Além dessas práticas, campanhas de educação e vacinação (quando disponíveis) têm desempenhado um papel crucial no combate à malária.
Tratamentos disponíveis
O tratamento da malária varia de acordo com a gravidade e o tipo do parasita envolvido. Os medicamentos mais comuns incluem:
- Cloroquina: utilizada em áreas onde os parasitas não desenvolveram resistência;
- Artemisinina e derivados: considerada a base do tratamento combinado em regiões com resistência a outros medicamentos;
- Terapias combinadas à base de artemisinina (ACTs): tratamento padrão recomendado pela OMS para casos de malária não complicada.
Nos casos graves, o atendimento hospitalar pode ser necessário, com administração intravenosa de medicamentos e suporte para complicações.
A malária é uma das doenças infecciosas mais antigas e persistentes, mas, com as medidas corretas de prevenção e tratamento, é possível reduzir significativamente seu impacto. A crise enfrentada pelo Congo é um lembrete da importância de fortalecer sistemas de saúde, garantir acesso a recursos médicos e investir em pesquisas que visem soluções de longo prazo. Este cenário também destaca a necessidade de solidariedade global na luta contra doenças que ainda ameaçam milhões de vidas ao redor do mundo.
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