Dizem por aí, o amor não tem idade. Mas e a vida sexual, será que ela tem prazo de validade?
Segundo Carla Cecarello, sexóloga consultora do site Solteiros50, e Iris de Souza, psicóloga do Amor&Classe, a resposta é… “não”.
Na visão das duas especialistas, a tendência, aliás, é sentir cada vez mais prazer com o avançar do tempo. Afinal, a experiência ajuda a conhecer melhor a própria intimidade. E existem várias outras razões para a satisfação na cama só melhorar.
AUTOCONFIANÇA
Quanto maior a idade, mais conhecimento sobre o próprio corpo e a personalidade. Nesta faixa etária, as pessoas já sabem do que gostam mais ou menos entre quatro paredes – e fora delas! A autoconfiança permite que os momentos de intimidade fluam de forma natural, sem tantas preocupações.
AUTOCONHECIMENTO
Ler sobre sexo, se consultar com psicólogos, terapeutas e sexólogos ou assistir a reportagens e documentários sobre o assunto amplia os nossos horizontes. Até conversar abertamente com amigas e pessoas de confiança nos ajuda a evoluir, perder o medo de experimentar e sanar dúvidas. Quanto mais experiência de vida, mais conhecimento e melhor a transa.
RELAÇÕES SIMPLES
Não é tão fácil ser honesta nos relacionamentos quando ainda somos jovens. Mas o passar do tempo ensina a importância do diálogo e de sermos sinceros com os demais. Afinal, ninguém pode adivinhar o que se passa na nossa cabeça! A postura verdadeira facilita a convivência e torna tudo mais gostoso.
MAIS PRAZER, MENOS ESTRESSE
Quando se é jovem, existe a pressão por corresponder às expectativas do parceiro, seja na aparência do corpo, seja durante as relações. A tensão, em vez de ajudar, só atrapalha.
Com a maturidade, percebemos que o importante não é a duração do sexo, nem a quantidade de orgasmos proporcionados ao outro, mas sim que ambos estejam satisfeitos e em sincronia. Com isso, o foco das relações torna-se a conexão verdadeira.
LIBERDADE ABSOLUTA
Até os 50 anos costumamos refletir muito sobre a carreira e a vida financeira. Nesta fase valorizamos demais as questões e a segurança profissional. Depois de cinco décadas de vida, há mais liberdade: muitos destes problemas já estão resolvidos ou encaminhados.
Os filhos, por exemplo, já não são bebês. Claro, a rotina não fica moleza: outras questões aparecem e demandam atenção. Mas a maturidade ajuda a lidar com elas sem tanto desespero. Isso tudo reflete na vida sexual, uma vez que a libertação das preocupações permite maior entrega na cama.
TOLERÂNCIA
Este deveria ser um tema central em qualquer relacionamento. Afinal, sem ele a convivência se torna algo quase impossível. Ser tolerante não significa aceitar qualquer opinião do parceiro, mas sim entender e respeitar os diferentes pontos de vista dele.
A essa altura da existência, a tendência é não levar tudo “a ferro e fogo” e conviver melhor com as diferenças. Isso evita atritos desnecessários, preserva mais o relacionamento e influencia de maneira bem positiva a vida sexual do casal. Quer coisa pior do que ir dormir brigado?
SEM PRESSA
O passar dos anos ensina muita coisa: uma delas é dar tempo ao tempo. Parar de se preocupar com o relógio ajuda a intensificar o prazer. Sem a pressa, prestamos atenção ao que acontece e vivemos com intensidade o presente. Além disso, o prazer sexual deixa de ser um objetivo e se torna complemento para outras esferas, que também são prazerosas, como os hobbies e a convivência com os demais.
ORGASMOS MAIS FREQUENTES
O tempo torna as pessoas mais seletivas na escolha de seus parceiros: a atração física pode até importar, mas os gostos e compatibilidades ganham um peso maior na balança.
Nos relacionamentos a partir dos 50 não há tanta pressa para a relação sexual acontecer – o que permite ao casal desenvolver intimidade antes do ato. Já os casados ou quem está no mesmo relacionamento há anos têm a vantagem de já se conhecer, o que facilita tanto para proporcionar quanto para sentir prazer.
SEM MEDO DE OUSAR
Vergonha de quê? Juntando a autoestima elevada, o conhecimento sobre o próprio corpo, a experiência de vida e o bom relacionamento com o parceiro fica mais fácil demonstrar as próprias vontades. O importante é não cair na mesmice e não ter medo de ousar.