Preta Gil iniciou nesta terça-feira (10) uma nova etapa do seu tratamento contra o câncer, agora nos Estados Unidos. A cantora, de 50 anos, foi aprovada para participar de um protocolo experimental em Washington, após exames e consultas no Virginia Cancer Institute e no Memorial Sloan Kettering Cancer Center, em Nova York – centros de referência mundial em oncologia.
Preta contou nas redes sociais que está focada em fortalecer corpo e espírito, e agradeceu o carinho do público: “Vocês me curam”.
Diagnosticada com câncer colorretal em janeiro de 2023, Preta enfrentou meses de quimioterapia e radioterapia, além de uma cirurgia complexa de 21 horas em dezembro daquele ano. Na época, retirou parte do sistema digestivo e linfático, além de seis tumores.
Chegou a anunciar remissão em dezembro, mas em agosto de 2024 descobriu que a doença havia voltado em quatro pontos: dois linfonodos, um nódulo no ureter e uma metástase no peritônio.
O que é um tratamento experimental?
A nova etapa envolve uma pesquisa clínica – estudos que testam medicamentos ou combinações terapêuticas que ainda não estão disponíveis no mercado.
De acordo com o oncologista Fernando Maluf, do Hospital Albert Einstein, esse tipo de estudo é o caminho mais promissor para a descoberta de novos tratamentos. “Se os resultados forem melhores do que os dos tratamentos padrões, eles passam a ser adotados. A pesquisa clínica é a solução para os avanços”, explicou.

As batalhas até aqui
Além da cirurgia de 21 horas, Preta passou por internações longas, uso de bolsa de ileostomia, crises de sepse e infecções urinárias recorrentes.
No pós-operatório, precisou reaprender funções básicas como evacuar, usando fraldas e fazendo fisioterapia pélvica. Em fevereiro de 2025, teve alta hospitalar e passou a se preparar para retomar a quimioterapia.
Ainda em março, revelou no Domingão com Huck que buscaria alternativas fora do Brasil: “A quimioterapia aqui não teve o efeito esperado”.
Idas e vindas ao hospital
Mesmo liberada para aproveitar o Carnaval de Salvador, Preta voltou a ser internada com pielonefrite – infecção nos rins causada por uma bactéria que entrou pela sonda. Em abril, foi novamente hospitalizada para exames e remédios no Rio e transferida para São Paulo.
A rotina de cuidados se intensificou com o agravamento do quadro. Segundo a própria cantora, a sonda tornou as infecções um risco constante, exigindo vigilância total.
Entre a fé e a ciência
Mesmo em meio às dificuldades, Preta não se afastou do público. Compartilhou vitórias, fragilidades e detalhes do processo de recuperação, sempre com mensagens de fé, força e gratidão.
Em dezembro, viajou a Nova York para buscar uma segunda opinião médica antes da nova cirurgia e voltou ao Brasil decidida a seguir lutando. Agora, em Washington, ela inicia um novo capítulo, em busca da cura e com esperança renovada.
Resumo:
Após o retorno do câncer em 2024, Preta Gil inicia nos EUA um tratamento experimental que faz parte de uma pesquisa clínica. A cantora já enfrentou cirurgias, sepse e internações prolongadas, e agora aposta em terapias inovadoras como alternativa à quimioterapia que não surtiu o efeito desejado no Brasil.
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