Imagine ter todos os benefícios de uma sessão intensa de exercícios sem precisar mexer um músculo sequer. Pode soar como ficção científica, mas cientistas da Saint Louis University desenvolveram um composto chamado SLU-PP-332, que simula os efeitos do exercício físico no corpo. Estudos realizados em 2023 apontaram que a droga experimental ativa vias metabólicas que imitam os efeitos do treinamento físico. Ao fazer isso, ela potencializa a queima de gordura e melhora a resistência física.
Segundo a Super Interessante, a pesquisa publicada na ACS Chemical Biology mostrou que o SLU-PP-332 tem o poder de estimular os receptores ERR (α, β e γ), que são os principais reguladores do metabolismo energético. Com isso, ele aumenta a eficiência das mitocôndrias e a queima de gordura, mostrando resultados impressionantes em testes com camundongos, que correram mais rápido e por mais tempo do que os animais que não receberam o composto.
Os benefícios da pílula do exercício no corpo humano
O que torna o SLU-PP-332 promissor vai além da resistência física. Um estudo de 2024 publicado no Journal of Pharmacology and Experimental Therapeutics indicou que a “pílula do exercício” pode ser útil no tratamento de condições como a obesidade e a síndrome metabólica. Nos testes, camundongos obesos que receberam o composto perderam peso e reduziram significativamente a gordura corporal, sem mudanças em sua alimentação ou níveis de atividade física. Além disso, a droga experimental pode melhorar a sensibilidade à insulina, o que abre portas para o tratamento do diabetes.
Pesquisas também sugerem que o SLU-PP-332 pode ter efeitos benéficos sobre o coração e o cérebro, com potenciais propriedades neuroprotetoras, especialmente em casos de doenças como Alzheimer.
A ‘pílula do exercício’ está ao alcance de todos?
Embora os resultados dos estudos com camundongos sejam promissores, a “pílula do exercício” ainda não está disponível para seres humanos. De acordo com os especialistas, o composto ainda precisa passar por mais testes de segurança e eficácia antes de ser lançado no mercado.
O processo de desenvolvimento de medicamentos é demorado e, segundo os cientistas, pode levar até uma década para que o SLU-PP-332 chegue ao público em geral. Até lá, ele continuará sendo testado em diversas condições de saúde, como obesidade, insuficiência cardíaca e doenças neurodegenerativas.
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