Uma doença desconhecida causou a morte de pelo menos 143 pessoas no sudoeste da República Democrática do Congo entre os dias 10 e 25 de novembro, segundo autoridades locais. O surto ocorreu na província de Kwango, uma região rural que enfrenta dificuldades no fornecimento de medicamentos. Os pacientes apresentam sintomas gripais, como febre, dor de cabeça, tosse e anemia.
O governo congolês solicitou ajuda internacional, e uma equipe de especialistas epidemiológicos está a caminho para investigar as causas da enfermidade e coletar amostras. A Organização Mundial da Saúde (OMS) também está monitorando o caso em parceria com o Ministério da Saúde do Congo, diante do aumento no número de infectados e da gravidade da situação.
Sintomas e dificuldades no combate ao surto da doença desconhecida
A doença desconhecida apresenta sintomas iniciais semelhantes aos de uma gripe comum, como febre e tosse, mas também evolui para anemia, um sinal que preocupa especialistas. Essa característica pode indicar infecções mais graves ou comprometimento de órgãos vitais, especialmente em populações já fragilizadas.
A região afetada, por ser rural, sofre com a falta de infraestrutura e medicamentos, o que dificulta o tratamento dos infectados e o controle do surto. Cephorien Manzanza, líder da sociedade civil local, destacou que a população enfrenta barreiras para acessar cuidados médicos básicos, o que agrava a situação.
Além disso, o ministro da Saúde provincial, Apollinaire Yumba, recomendou que a população evite tocar nos corpos das vítimas, uma medida que busca conter a propagação, embora o agente causador da doença ainda não tenha sido identificado.
Investigação e medidas internacionais sobre doença desconhecida
A resposta ao surto envolve esforços do Ministério da Saúde do Congo e da OMS, que enviou especialistas para a região. Segundo a agência, a prioridade é identificar a origem da doença desconhecida e determinar se ela é causada por um vírus, bactéria ou outro patógeno.
Os desafios para conter a doença são agravados pelo histórico de epidemias no país, como a atual crise de mpox (anteriormente conhecida como varíola dos macacos), que já registra mais de 47 mil casos suspeitos e mil mortes. Essa sobreposição de crises sanitárias aumenta a pressão sobre o sistema de saúde congolês, que já opera em estado de alerta.
Preocupações globais e lições de saúde pública
O surto no Congo levanta questões importantes sobre a preparação global para emergências de saúde pública em regiões vulneráveis. Doenças desconhecidas podem se espalhar rapidamente, especialmente em áreas onde as condições sanitárias são precárias.
A crise atual ressalta a necessidade de investimentos em infraestrutura de saúde, pesquisas epidemiológicas e programas de educação para prevenção. Além disso, a colaboração entre governos, organizações internacionais e comunidades locais será essencial para controlar a doença e evitar que crises similares ocorram no futuro.
A morte de 143 pessoas por uma doença desconhecida no Congo reforça a urgência de respostas rápidas e coordenadas para emergências de saúde pública. Enquanto investigações buscam esclarecer as causas e os meios de contenção, o surto expõe as fragilidades de sistemas de saúde em regiões carentes e o impacto devastador que enfermidades de origem desconhecida podem causar.
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