A tireoide é uma glândula localizada abaixo do pomo-de-adão. “Ela produz os hormônios T3 e T4, responsáveis por diversos controles do organismo, como a frequência dos batimentos cardíacos, resistência dos músculos e concentração”, explica a endocrinologista do Fleury Medicina e Saúde, Maria Izabel Chiamolera. Quando o funcionamento da região se encontra alterado, todo o organismo perde. Conheça as quatro principais doenças (e seus sintomas) originárias do desequilíbrio da tireoide.
1 Hipotireoidismo
Sintomas: ganho de peso (3 kg no máximo), prisão de ventre, diminuição dos batimentos cardíacos, dores musculares e articulares, queda de cabelo, ressecamento da pele, diminuição da capacidade de memória, alteração de humor, sonolência, apatia e possível
aumento do volume da tireoide.
O que é: “A tireoide trabalha menos do que devia. Então, o corpo passa a funcionar mais lentamente”, afirma o endocrinologista Pedro Assad. O problema também afeta recém-nascidos. Ele pode ser diagnosticado pelo teste do pezinho e o tratamento deve ser iniciado imediatamente.
Causas: segundo Maria, na maioria das vezes, o distúrbio é causado por uma disfunção autoimune chamada tireoidite de Hashimoto. “Acontece quando o organismo produz anticorpos que diminuem a capacidade da tireoide de trabalhar hormônios”, diz ela.
Incidência: de acordo com os especialistas, são mais comuns no sexo feminino. Os riscos aumentam com a idade.
Diagnóstico e tratamento: exames de sangue ou físico identificam o problema, que também pode ser notado pelo aumento no
volume da glândula. O tratamento é feito com medicamento. “O paciente deve tomar o remédio que repõe o hormônio tireoxina
(que a tireoide deixou de fabricar) diariamente, imprescindivelmente 40 minutos antes de tomar o café da manhã. Ele deverá ser consumido por toda a vida”, conta Assed.
2 Hipertireoidismo
Sintomas: taquicardia, perda de peso, intestino solto, calor excessivo, palpitação, nervosismo, agitação, irritabilidade, pele
muito úmida e pegajosa, crise de ansiedade, também pode ocorrer um aumento do volume da tireoide.
O que é: diferentemente do hipotireoidismo, o hipertireoidismo se caracteriza pelo excesso de produção dos hormônios
tireoidianos. Por conta disso, tudo no nosso corpo começa a funcionar de maneira mais acelerada.
Causas: em geral, o hipertireoidismo é uma consequência de um problema autoimune conhecido como doença de Graves. No entanto, às vezes, o paciente tem tantos nódulos na região que pode levar a uma produção excessiva de hormônio tireoidiano, causando o hipertireoidismo também.
Incidência: assim como o hipotireoidismo, o hipertireoidismo também é muito mais comum em mulheres e os riscos aumentam
Diagnóstico e tratamento: para identificar o problema, é preciso analisar a dosagem dos hormônios tireoidianos. Os pacientes que apresentarem a região mais volumosa do que o considerado normal necessitarão realizar um exame de imagem. “Já o tratamento a ser realizado dependerá da confirmação das possíveis causas. De qualquer forma, entre as possibilidades estão alguns medicamentos, cirurgia ou iodo radioativo”, explica Maria.
3 Nódulos
Sintomas: na maioria das vezes, os nódulos não são visíveis. Porém, algumas pessoas percebem sua existência ao notar uma estrutura anormal no pescoço.
O que é: “Cistos que cresceram cheios de líquido. Estima-se que 60% dos brasileiros terão nódulos na tireoide em algum momento da vida. Mas não significa que serão malignos”, afirma Assed.
Causas: a deficiência de iodo na dieta é uma causa muito comum. Por isso, é recomendável incluir no cardápio alimentos
de origem marinha, leite e ovo.
Incidência: são mais comuns nas mulheres e as chances de desenvolvê-los aumenta à medida que envelhecemos.
Diagnóstico e tratamento: dá para identificar apalpando a região ou por ultrassom. Para saber se é benigno ou maligno, o paciente deve fazer uma biopsia.
4 Câncer de tireoide
Sintomas: quando a doença está avançada, aumento do pescoço, rouquidão, tosse persistente, dificuldade para engolir.
Causas: geralmente, o quadro aparece quando há histórico da doença na família.
Incidência: atinge principalmente as mulheres e que estejam na faixa dos 20 aos 65 anos.
Diagnóstico e tratamento: de acordo com os especialistas, o diagnóstico ocorre por meio da realização do exame clínico de palpação da glândula, em exames de imagem e biopsia. O tratamento, de maneira geral, costuma ser por meio de uma cirurgia.
Para entender melhor as doenças tireoidianas e suas conseqüências, clique
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