Identificar uma vítima de parada cardiorrespiratória pode ser crucial para a sobrevivência do paciente. Isso porque quanto mais rapidamente se iniciam as compressões torácicas, maiores as chances da pessoa sobreviver.
“Estima-se que as manobras aumentam em até quatro vezes a possibilidade de um paciente continuar vivo após o episódio”, afirma. Agnaldo Píscopo, diretor do Centro de Treinamento em Emergências da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp).
O cardiologista José Francisco Kerr Saraiva, presidente da entidade, explica que, no caso de infarto, o primeiro sintoma é dor no peito, habitualmente intensa, que pode perdurar por mais de 30 minutos e que se irradia para o braço esquerdo, mandíbula e/ou estômago.
Além deste sinal, podem ocorrer vômitos, suor frio e desmaio. “Reconhecer uma vítima de parada cardíaca é o primeiro passo para salvar a vida dela”, diz o especialista. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o intervalo de tempo entre a ocorrência de uma parada cardíaca e a chegada do serviço de emergência médica pode ser facilmente preenchido por leigos. “Se um paciente chega a ter o episódio, é essencial que existam pessoas ao lado dele cientes do que deve ser feito, para atuação rápida e segura”, afirma.
SALVANDO UMA VIDA
Existem alguns passos para serem realizados ao se deparar com um quadro de parada cardiorrespiratória. O primeiro deles é verificar se o paciente está inconsciente. Em caso afirmativo, é preciso solicitar a alguém que ligue 192 (número do SAMU) e pedir uma ambulância com desfibrilador.
Enquanto o socorro especializado não chega, iniciar a massagem cardíaca, ajoelhando-se ao lado da vítima, sobrepondo uma mão à outra, localizando a região central do tórax, esticando os braços e fazendo o movimento de compressão, sem parar. Se possível, revezar com outras pessoas a cada 2 minutos.