A atriz Lily Collins, estrela da série ‘Emily em Paris’, surpreendeu ao anunciar a chegada da primeira filha, fruto de uma gravidez por barriga de aluguel, na noite da última sexta-feira (31). O processo gerou dúvidas, afinal, como funciona uma barriga de aluguel?
O método consiste em uma mulher aceitar gestar o embrião de outras pessoas. Geralmente, o público são casais homossexuais, casais heterossexuais que não podem ter filhos ou quem quer encarar uma paternidade solo.
No processo, o óvulo usado nunca é o da gestante. A candidata só empresta o corpo e, portanto, não tem ligação genética com o bebê. Isso para que ela não mude de ideia durante a gestação e queira ficar com a criança. Desta forma, o material genético costuma ser dos futuros pais, com possibilidade de recorrer a um banco de esperma ou óvulos.
Os valores variam de país para país. Segundo a revista GQ Brasil, vão de R$ 60 mil (se ocorrer no Brasil) a 180 mil dólares (o equivalente a quase R$ 1 milhão). Em 2022, o mercado movimentou 14 bilhões de dólares, de acordo com a Global Market Insights Inc. O número explodiu para 129 bilhões de dólares em 2023. A nacionalidade das gestantes impacta no valor.
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Barriga de aluguel no Brasil
No Brasil, existem regras para quem quer utilizar o método. É proibido pagar por uma barriga de aluguel. Ou seja, ela deve ser solidária – por livre e espontânea vontade, sem envolver transações comerciais. Além disso, a mulher que carregar o embrião precisa pertencer à família de um dos futuros pais da criança – é aceita familiaridade até quarto grau.
No exterior
Diante das regras brasileiras, muitas pessoas buscam realizar o procedimento no exterior. Diversas agências especializadas no assunto costumam ajudar no processo, formalizando as transações com contratos e buscando candidatas.
Nesses casos, os pais viajam para o país onde a criança vai nascer, pagando ainda as despesas com transporte e hospedagem. Para trazer o bebê ao Brasil, é necessário registrá-lo na embaixada brasileira.
A escolha da gestante
Os futuros pais passam por um longo processo até que a barriga de aluguel, de fato, aconteça. O primeiro deles é definir qual parte vai doar o material genético e a compra do óvulo ou esperma. Isso porque são feitos testes de contabilidades e análise do histórico de saúde.
A etapa seguinte é a escolha da mulher que vai gestar, que é realizada pela agência. A candidata passa por avaliações e consultas jurídicas para que não haja falhas ou problemas graves no processo.
Por fim, a fase final é a fecundação do embrião na candidata escolhida, que pode dar certo ou não. Há casos em que a barriga de aluguel também contribui na amamentação do bebê nos primeiros dias.
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