Após ser internado com pneumonia, o Papa Francisco chegou a correr risco de morte durante o tratamento. O momento mais crítico foi no dia 28 de fevereiro, conforme revelou o médico responsável pela equipe, em entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera. Segundo ele, a recuperação do pontífice foi um “milagre”.
Francisco teve alta no último domingo (23) e, agora, permanece em repouso no Vaticano, seguindo com fisioterapia respiratória, reabilitação pulmonar e tratamento medicamentoso.
O caso chama atenção para essa especialidade da fisioterapia, ainda pouco conhecida por muita gente, mas que pode ser essencial para salvar vidas, principalmente após infecções respiratórias graves.
O que é fisioterapia respiratória?
A fisioterapia respiratória é voltada para a prevenção, avaliação e tratamento de distúrbios do sistema respiratório. Ela é realizada por fisioterapeutas especializados e pode atuar tanto na fase aguda de uma doença quanto no processo de reabilitação.
Nela, o profissional utiliza técnicas que ajudam a expandir os pulmões, eliminar secreções, fortalecer os músculos respiratórios e melhorar a capacidade pulmonar.
Quando a fisioterapia respiratória é indicada?
Essa forma de tratamento é indicada quando a respiração está comprometida de alguma forma, seja por conta de uma infecção, doença pulmonar crônica ou até por um quadro cirúrgico que reduz a capacidade pulmonar.
Entre as condições que mais se beneficiam da fisioterapia respiratória estão:
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DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), como enfisema e bronquite crônica
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Asma
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Fibrose cística
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Bronquiectasias
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Bronquiolite
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Pneumonias com complicações
O objetivo do tratamento é melhorar a troca gasosa, facilitar a ventilação dos pulmões e reduzir sintomas como falta de ar e tosse com secreção, acelerando o processo de recuperação.
Como é feito o tratamento?
A duração e a frequência das sessões vão depender do quadro clínico do paciente. O fisioterapeuta começa com uma avaliação individual e define o plano terapêutico conforme o diagnóstico, idade, condição física e tipo de comprometimento respiratório.
A fisioterapia respiratória também é indicada para bebês e crianças, especialmente aquelas que apresentam crises de bronquite, asma ou infecções respiratórias, como a bronquiolite causada pelo vírus sincicial respiratório (VSR).
Como os pulmões dos pequenos ainda estão em desenvolvimento, esse acompanhamento é essencial para ajudar na eliminação de secreções e na melhora da respiração. Em casos de pneumonia infantil, por exemplo, as técnicas ajudam a liberar as vias aéreas e melhoram o conforto respiratório.
Reabilitação pulmonar do Papa Francisco
A fisioterapia respiratória atua de forma pontual, focada no tratamento de sintomas e problemas imediatos, como excesso de secreção ou dificuldade de expandir os pulmões. A reabilitação pulmonar é um programa mais amplo, voltado para pacientes com doenças crônicas que afetam a respiração, como a DPOC. Esse programa envolve atividade física supervisionada, orientação nutricional, apoio psicológico e educação para o autocuidado, sempre com uma equipe multidisciplinar.
Onde é realizada?
A fisioterapia respiratória pode ser feita:
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Em hospitais, inclusive nas UTIs e enfermarias;
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Em clínicas e consultórios especializados;
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No domicílio, em casos específicos de pacientes com limitações.
Com o apoio de profissionais qualificados, ela melhora a qualidade de vida, reduz internações e ajuda na prevenção de complicações respiratórias.
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