A fibromialgia é uma síndrome que provoca dor generalizada pelo corpo, principalmente nas regiões musculares e tendíneas. Mais comum entre mulheres de 35 a 44 anos, a condição é crônica e sem cura, mas há formas de aliviar os sintomas! Confira:
Por que ainda é difícil identificar a fibromialgia
Um dos principais obstáculos está no diagnóstico. A doença não aparece em exames laboratoriais e é frequentemente confundida com outros problemas, como tendinite ou esgotamento físico. Por isso, o diagnóstico é clínico – feito a partir da avaliação dos sintomas e da exclusão de outras causas. As dores geralmente começam em um ponto específico e se espalham pelo corpo, acompanhadas de fadiga, distúrbios do sono, ansiedade, dificuldade de concentração e até depressão.
As possíveis causas da doença
Ainda não se sabe ao certo o que provoca a fibromialgia, mas os estudos apontam para uma combinação de fatores genéticos, neurológicos, psicológicos e imunológicos. Em muitos casos, a síndrome surge após um evento traumático – físico ou emocional – ou uma infecção grave. A hipótese mais aceita é de que esses gatilhos provoquem uma espécie de desregulação no cérebro, fazendo com que ele envie sinais de dor de forma exagerada.
Exercícios físicos ajudam ou atrapalham?
A prática de atividades físicas leves, como caminhadas, alongamentos e yoga, é bastante recomendada no tratamento da fibromialgia. Isso porque o movimento contribui para o relaxamento muscular, melhora o sono e reduz a percepção da dor. Mas é preciso cautela: exercícios extenuantes podem piorar o quadro. Por isso, qualquer plano de atividade deve ser feito com acompanhamento médico.
Tratamento inclui diferentes especialidades
O tratamento ideal da fibromialgia envolve uma abordagem multidisciplinar. O reumatologista é o especialista que costuma conduzir o diagnóstico e o plano inicial de cuidados, mas outros profissionais também entram em cena, como neurologistas, fisioterapeutas e psicólogos. Técnicas como acupuntura, fisioterapia e terapias comportamentais costumam ser aliadas importantes para aliviar os sintomas.
Aspectos emocionais também precisam de atenção
Como a síndrome interfere no bem-estar emocional e na vida social e profissional, o acompanhamento psicológico é indicado para ajudar o paciente a lidar com os impactos da dor crônica. Estratégias de relaxamento, como meditação e técnicas de respiração, também podem fazer diferença no controle da dor, da insônia e da ansiedade.
Alimentação como aliada no tratamento
Embora não exista uma dieta específica para quem convive com fibromialgia, certos hábitos alimentares podem ajudar. Cortar alimentos ultraprocessados e inflamatórios, como açúcar em excesso e glúten, tem mostrado bons resultados para alguns pacientes. A orientação nutricional individualizada pode ser um apoio interessante nesse processo.
O SUS oferece tratamento gratuito para a fibromialgia
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece atendimento integral às pessoas com fibromialgia, tanto na atenção básica quanto na especializada. Estão disponíveis consultas com reumatologistas, atendimento psicológico, fisioterapia, acupuntura, práticas integrativas e uso de medicamentos analgésicos. A atuação de equipes multiprofissionais é essencial para garantir um cuidado completo, que vá além do controle da dor e promova o bem-estar geral do paciente.
Resumo:
A fibromialgia é uma doença crônica que provoca dores pelo corpo e afeta o bem-estar físico e emocional. Embora não tenha cura, o tratamento adequado – com apoio médico, terapias e mudanças no estilo de vida – pode melhorar significativamente a qualidade de vida. O SUS oferece suporte gratuito, com atendimento multidisciplinar.
Leia também:
Fibromialgia: aprenda a identificar e a tratar o problema
Lígia Menezes
Lígia Menezes (@ligiagmenezes) é jornalista, pós-graduada em marketing digital e SEO, casada e mãe de um menininho de 3 anos. Autora de livros infantis, adora viajar e comer. Em AnaMaria atua como editora e gestora. Escreve sobre maternidade, família, comportamento e tudo o que for relacionado!