“A gente conhece a árvore pelos frutos”, “a educação vem de berço”, “filho de peixe, peixinho é”… Quem nunca ouviu esses ditados populares quando querem comparar nossa moral com a dos nossos pais? Mas quero te convidar a pensar na real interpretação dessas frases populares. É verdade que você deve herdar os bons costumes durante a infância, mas será que absorveu somente os bons exemplos? Durante os primeiros anos de vida, você absorveu tudo dos pais. Os valores éticos ou não, ensinamentos, instruções e todos
os comportamentos ficaram na sua memória ao longo da vida, como se fossem verdades absolutas e crenças. Agora eu pergunto:
quantos desses ensinamentos você ainda segue à risca e quantos deles você acabou dispensando? De um modo geral, assim como a
maioria das pessoas, você deve falar sobre o quanto as atitudes dos seus pais influenciaram e influenciam sua vida, mas agora quero colocar a seguinte situação: você educa os seus filhos da mesma forma que aprendeu dos seus pais? Assim como muita gente não percebe, inconscientemente, você tende a repassar para os filhos os mesmos valores absorvidos, e isso pode acontecer até mesmo com os ruins. Então, quero propor um exercício: olhar para a sua história a fim de verificar o que você trouxe da infância para a vida adulta, o que você está ensinando para os seus filhos… Serem autoritários? Liberais? Pacientes? Conheço uma porção de gente que, na própria infância, decidiu, por exemplo, nunca mais receber ordens de alguém. Resultado: foram tão mandadas quando pequenas que, na fase
adulta, tornaram-se como os pais ou ao contrário: preferem a submissão ao outro. Mas não se preocupe tanto assim! Nada está perdido!
Independentemente da idade, você pode tomar consciência e romper com os valores e crenças infantis que fazem parte da sua vida adulta. Pratique o autoconhecimento, reveja-se com honestidade, isenção e muita atenção. Feito isso, terá mais autonomia para transformar, para melhor, o processo educativo e a própria qualidade da relação com seus filhos.
HELOÍSA CAPELAS é especialista em desenvolvimento humano. Autora de O Mapa da Felicidade e Perdão – A Revolução Que Falta, é
diretora do Centro Hoffman de Autoconhecimento, em São Paulo. Sites: heloisacapelas.com.br e centrohoffman.com.br.
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