A Páscoa está chegando e, junto com ela, o chocolate ganha espaço nas mesas e lembranças da família. Mas quando se trata de idosos, é importante saber o que pode ou não ser consumido. Afinal, apesar de delicioso, o chocolate pode trazer tanto benefícios quanto riscos para a saúde nessa fase da vida.
Para ajudar nessa decisão, reunimos os principais pontos positivos e negativos do consumo de chocolate entre idosos, com base nas orientações da Ambec (Associação dos Aposentados, Mutualistas para Benefícios Coletivos). Veja como fazer boas escolhas e aproveitar a data com moderação.
O que o chocolate amargo pode trazer de bom?
Entre as opções, o chocolate amargo é o mais indicado. Com alto teor de cacau (acima de 70%), ele é rico em flavonoides — antioxidantes que ajudam a combater os radicais livres e protegem o organismo de doenças crônicas. E os benefícios não param por aí:
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Ajuda o coração: quando consumido com moderação, pode melhorar a circulação e reduzir a pressão arterial.
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Melhora o humor: estimula a liberação de serotonina e endorfina, substâncias que aliviam sintomas da depressão.
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Protege o cérebro: estudos mostram que os flavonoides também podem favorecer a função cognitiva e ajudar na prevenção de doenças neurodegenerativas.
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Ajuda no controle da glicose: pode melhorar a sensibilidade à insulina, o que é relevante para quem tem risco de desenvolver diabetes tipo 2.
Quando o chocolate se torna um problema?
Apesar das vantagens, o chocolate deve ser consumido com atenção. Principalmente os tipos ao leite e branco, que têm mais açúcar e gordura. Veja os principais pontos de alerta:
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É calórico: em excesso, pode favorecer o ganho de peso, que impacta diretamente a saúde geral dos idosos.
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Tem açúcar e gordura saturada: ingredientes que aumentam o risco de doenças cardiovasculares.
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Pode causar desconforto gastrointestinal: azia, refluxo e até diarreia são efeitos comuns em sistemas digestivos mais sensíveis.
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Interage com medicamentos: há risco de interação com remédios para pressão alta ou antidepressivos.
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Contém cafeína: o que pode atrapalhar o sono ou deixar a pessoa mais agitada, especialmente à noite.
A palavra-chave é: moderação
Nada de proibir o chocolate — a questão está na quantidade e no tipo escolhido. O ideal é priorizar o chocolate amargo, em pequenas porções, como parte de uma alimentação equilibrada. E é sempre bom consultar um profissional da saúde antes de fazer mudanças na dieta.
“É sempre uma boa ideia que os idosos conversem com um profissional de saúde ou nutricionista antes de fazer alterações significativas em sua dieta, especialmente durante épocas de festividades como a Páscoa”, orienta a presidente da Ambec, Marilisa Moran Garcia.
Como incluir o chocolate na rotina?
Durante a Páscoa, o chocolate pode fazer parte da celebração, sim — desde que acompanhado de refeições saudáveis, como frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas leves. Vale lembrar que, muitas vezes, um pedaço pequeno já é o suficiente para matar a vontade.
Assim, os idosos podem aproveitar a data com prazer, consciência e saúde — sem abrir mão de um dos sabores mais gostosos da vida.
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