O sexo deveria ser um momento de prazer, mas para mulheres que sentem dor ou não conseguem relaxar, ele vira uma verdadeira tortura! Segundo o ginecologista Rodolfo Strufaldi, professor da Faculdade de Medicina do ABC, em Santo André (SP), as questões podem ter causas físicas ou psicológicas. A boa notícia é que para tudo tem tratamento. Se você está com esse problema, consulte um médico e fale abertamente do seu incômodo. Afinal, o que você está esperando para sentir todo o prazer que pode?
“Não entra!”
Na maioria dos casos, o vaginismo (contração involuntária dos músculos da vagina) tem a ver com o psicológico, como culpa, educação conservadora ou traumas por abuso sexual. Além de trabalhar essas questões, há o tratamento de dessensibilização, que consiste em expor a mulher, aos poucos, à penetração vaginal com ajuda do dedo ou de cones específicos para isso.
“Está ardendo muito!”
Incômodos como dor e ardência podem surgir devido a problemas físicos, dentre eles infecções genitais (tipo candidíase); doenças
de pele (foliculite e psoríase); doenças sexualmente transmissíveis (clamídia); lesões na vagina ou infecção urinária. A questão também pode estar relacionada à ausência de lubrificação. O mais importante para entender o que está acontecendo com seu corpo
é falar logo com o médico e marcar uma série de exames para diagnosticar o problema.
“Não me sinto muito à vontade”
Se o ginecologista afastar as causas físicas, uma alternativa é buscar ajuda de um psicólogo, que certamente trabalhará para que você perceba o que anda causando esse mal-estar. A terapia é fundamental em casos de conflitos emocionais, como abuso sexual. Nas sessões, a paciente é convidada a falar tudo que lhe vem à mente. O terapeuta ajuda muito a compreender a ligação entre seus problemas mais profundos e os desconfortos sexuais, como o vaginismo, por exemplo.
“Fiquei seca”
Quanto menor a lubrificação, maior o atrito entre o pênis e a vagina. A situação acontece frequentemente após a menopausa. Um dos tratamentos indicados pelo médico é usar de duas a três vezes por semana um creme hormonal à base de estrogênio.