O câncer de estômago, também chamado de câncer gástrico, é um assunto que merece nossa atenção. Afinal, a Organização Mundial da Saúde (OMS) o considera o sexto tipo de câncer mais comum no mundo, registrando cerca de 1 milhão de novos casos somente em 2020.
Esse tipo de tumor pode atingir tanto homens quanto mulheres. No entanto, ele é mais frequente em homens com mais de 50 anos. Por isso, é fundamental conhecer os sintomas, os fatores de risco e a importância da prevenção.
Entenda o câncer gástrico
O câncer de estômago se desenvolve quando células malignas se formam nos tecidos do estômago. André Augusto Pinto, cirurgião do aparelho digestivo, explica ao Terra que o diagnóstico precoce é crucial, pois muitos dos sintomas iniciais são silenciosos ou facilmente confundidos com outras condições, como a gastrite. Em outras palavras, a atenção aos sinais do corpo é muito importante, pois quanto antes você identificar o problema, maior a chance de cura.
A endoscopia é o exame mais eficaz para diagnosticar o câncer de estômago. Com ela, o médico não só visualiza o tumor, mas também pode fazer a biópsia para confirmar se a lesão é benigna ou maligna. Além disso, o procedimento é simples e rápido. O câncer gástrico é mais comum em homens com idade entre 60 e 70 anos, e mais de 65% dos pacientes com a doença têm mais de 50 anos.
Sinais de alerta: identificando os primeiros sintomas
É fundamental ficar atenta aos sinais que seu corpo envia. Os sintomas do câncer de estômago podem ser sutis no início, mas com o tempo, a intensidade aumenta. Os mais comuns incluem perda de peso sem motivo aparente, perda de apetite, dor abdominal persistente, náuseas, vômitos frequentes, azia e queimação. Além disso, outros sinais que merecem sua atenção são a sensação de barriga inchada, dificuldade para engolir alimentos, anemia e a presença de sangue nas fezes.
Portanto, se você notar a persistência desses sintomas, procure um médico imediatamente para investigar a causa. Não espere a situação piorar para agir, pois isso pode fazer toda a diferença no diagnóstico e no tratamento.
Fatores de risco
A prevenção é sempre o melhor caminho. Diversos fatores contribuem para o desenvolvimento do câncer gástrico. Hábitos de vida saudáveis são grandes aliados. A alimentação, por exemplo, influencia muito. Uma dieta rica em carnes vermelhas, alimentos ultraprocessados, industrializados, enlatados e gordurosos, e pobre em verduras e legumes, aumenta o risco.
O tabagismo e o consumo excessivo de álcool também são fatores de risco significativos. Manter-se ativa e evitar o sedentarismo, por outro lado, protege o seu corpo. Mulheres com mais de 45 anos, por exemplo, devem incluir exames de rotina, como a endoscopia, no seu check-up anual, uma recomendação que também se estende aos homens.
Tratamentos: opções e importância do diagnóstico precoce
O tratamento do câncer gástrico varia conforme o estágio da doença. Quando a descoberta acontece no início, a remoção do tumor pode ser feita durante a própria endoscopia. No entanto, em estágios mais avançados, o tratamento inclui cirurgia, quimioterapia e radioterapia, ou uma combinação desses métodos. Para concluir, a detecção precoce é a melhor estratégia para um tratamento eficaz e curativo.
Resumo: O câncer de estômago é o sexto tipo de câncer mais comum no mundo. Os sintomas são, muitas vezes, sutis no início e facilmente confundidos com outras condições, como a gastrite. O diagnóstico precoce, feito principalmente por meio da endoscopia, é crucial para o sucesso do tratamento, que pode incluir cirurgia, quimioterapia e radioterapia, dependendo do estágio da doença. Os fatores de risco envolvem a má alimentação, o tabagismo e o sedentarismo, reforçando a importância da prevenção.
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