O uso de óleos essenciais e vegetais se tornou a moda do momento entre influenciadores e amantes da vida mais saudável e natural. Não à toa. A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) reconhece a aromaterapia como uma prática terapêutica secular complementar a outros tratamentos (Práticas Integrativas Complementares – PICs).
O método consiste no uso de concentrados voláteis (óleos essenciais), e gorduras (óleos vegetais) extraídos das plantas, que melhoram a saúde e promovem bem-estar. De acordo com Rodrigo Maffei, químico e pesquisador de óleos essenciais da Phytoterápica, a técnica terapêutica possui quatro preceitos básicos: manutenção da boa forma física, alimentação consciente, relaxamento profundo e direcionamento do pensamento.
Por isso, sua prática pode ser direcionada por médicos, psicoterapeutas, profissionais de estética, massagistas e aromaterapeutas: “As formas de utilização dos óleos essenciais e vegetais variam conforme a necessidade, podendo ser feitos por meio de massagens, banhos, colares aromáticos, escalda-pés, inalação, dentre outros métodos”, completa o especialista. Entenda melhor o poder dos óleos essenciais e como usá-los!
O que são óleos essenciais?
São misturas complexas, provenientes do metabolismo secundário de vegetais aromáticos e presentes em diversas partes da planta, como folhas, flores, casca de árvore, resinas e casca de algumas frutas. Extraídos por meio de destilação por arraste de vapor, prensagem a frio e solvente, possuem como característica marcante o odor. Também são altamente voláteis.
Como usar óleos essenciais?
No Brasil, as principais formas de utilização são aromático e tópico. Existem literaturas internacionais que recomendam o uso interno para os óleos essenciais, porém, por aqui, essa prática ainda não é permitida.
Inalação: os óleos podem ser passados nas mãos para inspirar, como os de lavanda, alecrim e hortelã-pimenta.
Uso tópico: indica-se que os óleos essenciais sejam diluídos em óleos vegetais e usados na forma de massagens relaxantes, estéticas ou como óleo de banho, como o de lavanda e bergamota. Esses óleos também têm propriedades terapêuticas que são potencializadas ao combiná-los com outros óleos essenciais. Uma “misturinha poderosa” seria adicionar em 60 ml de óleo de abacate, 30 gotas de óleo essencial de yuzu e 10 gotas de óleo essencial de patchouli, que oferecem diversos benefícios, dentre eles assepsia, vitalidade, emoliência, elasticidade para a pele, bom humor e alto astral.
O que são óleos vegetais?
São gorduras geralmente extraídas das plantas por prensagem a frio de sementes,
grãos, casca e polpa de frutos, na forma de triglicerídeos. Na aromaterapia, os óleos
vegetais são bastante utilizados como “carreadores” ou “veículos” para os óleos
essenciais.
No geral, são constituídos por ácidos graxos, sendo a maior parte insaturados, como ômega 3, 6 e 9, vitaminas A, D e E. Alguns possuem propriedades emolientes, cicatrizantes e antioxidantes, tais como óleo vegetal de gergelim, castanha do Pará, açaí, andiroba, coco-babaçu, rosa mosqueta, calêndula, jojoba, baobá e germe de trigo.
Como usar óleos vegetais?
Os óleos essenciais sempre são aplicados juntamente com os óleos vegetais, em procedimentos nos quais torna-se necessário o contato com a pele, por exemplo, em massagens.
ATENÇÃO!
São diversos os benefícios físicos e emocionais dessa prática, mas, como em qualquer tipo de problema de saúde, é recomendado que um profissional da área acompanhe e verifique a melhor forma de utilização dos métodos, pois cada organismo é único e pode apresentar reações e/ou interações diferentes quando em contato com os óleos essenciais.
Cuidar da saúde envolve não apenas a utilização da aromaterapia, mas a modificação nos padrões diários de comportamento, integrando práticas terapêuticas às práticas recomendadas para uma vida saudável. “Conhecer e aplicar os conceitos de aromaterapia no dia a dia é um desafio que, se encarado com resignação, pode proporcionar diversos benefícios à saúde, principalmente, a longo prazo”, conclui Rodrigo.