Costumamos clamar a Deus por justiça e pedir a Ele que interfira sempre que alguém nos atinge de maneira desleal. O problema é que nossa noção de traição é unilateral. Ou seja: ela é baseada no que acreditamos ser certo ou errado.
Nesse julgamento, pouco importa o que realmente aconteceu ou a visão de quem está envolvido no problema. Muitas pessoas xingam e se exaltam sem ao menos tentar ouvir o outro para, da forma mais imparcial possível, tirar uma conclusão acertada ou, pelo menos, com chances reduzidas de erro.
O bom é que Deus vê tudo. Ele não joga, mas fiscaliza a partida. Assim, analisa os detalhes e conhece todos os lados do problema e o que vai no coração de cada um dos envolvidos no conflito.
Por essa razão, a espiritualidade nos enxerga como crianças. Disputamos tudo como se fôssemos mimados. Ouvimos nosso ego e tomamos decisões que, à primeira vista, podem parecer acertadas, mas que, passado algum tempo, invariavelmente se mostram erradas. Um amigo diz que o ego é um péssimo conselheiro.
Antes de tomar uma decisão, pare, pense e analise todos os ângulos da situação. Não tome atitudes com a cabeça quente – pois ela também é péssima conselheira – nem se deixe influenciar por quem é beligerante e quer ver o caos se instalar. Na dúvida, silencie e deixe o rio seguir seu curso. A calmaria virá, assim como é certo que a justiça divina mostrará a sua face. Paz e muita luz!
*Mel Aitak é mestre em reiki, terapeuta holística, naturopata e estudiosa dos temas ligados à espiritualidade.