Foi-se o tempo em que, quando se pensava em farinha, apenas dois tipos vinham à mente: de trigo e integral. Hoje, basta circular entre
as gôndolas do supermercado para perceber que a variedade é imensa. Tem de arroz, amêndoa, aveia e até de pipoca! Mas, diante de tanta oferta, qual a mais indicada para o preparo de bolos e pães? E quando a intenção é dar uma forcinha na dieta? Quem tem intolerância ao glúten, qual versão escolher? Para ajudá-la a fazer a melhor escolha, a nutricionista Anita Sachs, da Universidade Federal de São Paulo, explica os benefícios de cada uma delas. Algumas são mais caras, mas valem a pena!
Farinha de amaranto
Sem glúten, rica em proteína e fibra.
Onde usar: como é uma farinha mais escura, é indicada para bolos de chocolate, cookies ou pães escuros.
Preço médio: R$ 8 (200 g).
Farinha de amêndoa
Cheia de vitamina E, protege as células. É fonte de gordura poliinsaturada, importante na produção dos hormônios sexuais, transporte de
vitaminas e controle do colesterol.
Onde usar: em biscoitos, muffins, bolos, cupcakes e até para empanar alimentos. Armazene em recipiente bem fechado, para não oxidar e
adquirir um sabor rançoso.
Preço médio: R$ 28 (150 g).
Farinha de arroz
Boa para quem é intolerante ao glúten. Fonte de energia e fibras, regula o intestino e protege o coração. Possui ainda baixo índice
glicêmico e vitaminas do complexo B.
Onde usar: no preparo de pães, quiches, bolos, mingaus, pudins…
Preço médio: R$ 5 (200 g).
Farinha de aveia
Possui um tipo de fibra solúvel que aumenta a saciedade e controla o colesterol. No mercado, já existe a versão sem glúten, porque,
embora a aveia não contenha essa proteína, ela é comumente processada, armazenada e transportada junto com o trigo. Assim, resquícios da substância podem ir para dentro do pacote.
Onde usar: em panquecas, mingaus, bolos e massas de tortas.
Preço médio: R$ 12 (200 g).
Farinha de sorgo
Cheia de proteínas e fibras. Ainda contém ferro, cobre, fósforo e potássio. Previne câncer de cólon e esôfago, e controla o diabetes tipo 2.
Onde usar: prepare bolos, pães, biscoitos e panquecas.
Preço médio: R$ 12 (250 g).
Farinha de chia
Auxilia no funcionamento do intestino, no controle de peso e ainda protege o coração, graças à presença de antioxidantes, fósforo, magnésio, potássio e vitaminas.
Onde usar: no preparo de pães, bolos e tortas. Também pode servir sobre saladas e em vitaminas.
Preço médio: R$ 10 (200 g).
Farinha de linhaça
Fonte de fibras, gorduras saudáveis e ômega-3, sacia a fome por mais tempo, controla os níveis de colesterol e diminui os processos inflamatórios.
Onde usar: em receitas de bolos e tortas ou sobre saladas.
Preço médio: R$ 9 (200 g).
Farinha de quinoa
O alto teor de proteínas a torna uma alternativa para alimentos de origem animal. É um grão completo, com fibras, vitaminas, minerais e triptofano – esse último é responsável pela diminuição da vontade de atacar comidas calóricas, além de melhorar o humor, controlar o peso e reduzir o risco de desenvolver doenças crônicas.
Onde usar: massas de torta salgada.
Preço médio: R$ 13 (150 g).
Farinha de maca peruana
Tem doses fartas de fibras, vitaminas, zinco, cálcio e ferro. Também carrega boas doses de carboidratos, garantindo o pique e a energia de quem se exercita regularmente.
Onde usar: é deliciosa em vitaminas.
Preço médio: R$ 34 (150 g).
Farinha de grão-de-bico
É uma ótima opção para incluir proteína na alimentação. Como ainda tem fibras e vitaminas aos montes, é considerada uma das mais nutritivas.
Onde usar: essa versão é a que melhor se adapta aos preparos que tradicionalmente usam farinha de trigo, principalmente pães.
Preço médio: R$ 8 (200 g).
Farinha de feijão-branco
Ótima para quem está de dieta, já que é rica em faseolamina – proteína que reduz a absorção de carboidratos.
Onde usar: polvilhe-a em frutas, saladas, sucos e iogurtes ou introduza nas receitas de bolos, tortas e panquecas, já que ela pode substituir qualquer receita que leve farináceos.
Preço médio: R$ 4 (200 g).
Farinha de berinjela
Rica em pectina, aumenta a sensação de saciedade. Também atua no controle da glicemia e do colesterol ruim.
Onde usar: cai bem em tortas salgadas e até em vitaminas.
Preço médio: R$ 19 (150 g).
Farinha de pipoca
Além do alto teor de fibras e baixo índice glicêmico, também tem como vantagem o valor calórico reduzido. O consumo regular diminui o
colesterol, controla a glicemia, regula o intestino e melhora a pele.
Onde usar: ela pode substituir as farinhas de rosca, trigo, mandioca e tapioca em massas, empanados, brownie e farofa.
Preço médio: R$ 12 (100 g).
Farinha de soja
Parecida com a farinha branca, porém tem mais cálcio, fibras e proteínas. Contém antocianina – o que a torna uma aliada na perda de peso.
Onde usar: em biscoitos, bolos, pães e shakes.
Preço médio: R$ 6 (400 g).
Farinha integral
Uma alternativa mais saudável à farinha branca, já que carrega doses maiores de fibras, vitaminas e minerais. Reduz o estoque de gordura
no abdômen e diminui o risco de doenças cardíacas.
Onde usar: em pães, bolos, salgados, muffins, tortas, cupcakes, molhos e qualquer outra receita que leve a farinha branca. Para cada duas partes de farinha de trigo branca, use uma parte do tipo integral. Porém, como absorve muita água, a receita pode ficar mais seca. Mas é importante acostumar o paladar a ela. Depois disso, você vai sentir que melhora até a disposição!
Preço médio: R$ 0,75 (100 g).
Tem até versão à base de frutas!
Feitas com casca, miolo ou resíduos de frutas, as versões de farinhas de frutas mais usadas são a de coco, maracujá, uva e banana-verde.
De coco e maracujá são ricas em fibras e isentas de glúten.
A de uva tem resveratrol, que protege contra doenças cardiovasculares.
A de banana-verde contém amido resistente, que combate a prisão de ventre e controla o diabetes.
Onde usar: para compor granola caseira, bolos, vitaminas, iogurtes e tortas.
Preços médios:
Coco: R$ 6 (200 g).
Maracujá: R$ 12 (500 g).
Uva: R$ 5 (200 g)
Banana-verde: R$ 4 (200 g).