Paulo Vieira deu o que falar dentro e fora das redes sociais com a estreia do ‘Big Terapia’ no BBB 22. Se depender do humorista, o quadro tem tudo para voltar às telinhas na próxima edição do reality show – como Vieira afirmou em entrevista ao Splash Uol na última quinta-feira (12).
“Não sei se o Boninho vai me chamar de novo. Acredito que sim, me parece que eles ficaram felizes. Foi um sucesso de audiência e de publicidade. Gerou muitos debates na internet”, declarou ele.
Para quem não lembra, o ‘Big Terapia’ era exibido às quartas-feiras e contava com uma entrevista em tom humorístico com o eliminado da semana. A ideia era simular uma sessão de terapia com Paulo Vieira.
O que mais chamou a atenção do público foi o humor ácido apostado pelo comediante, que não teve medo de cutucar algumas feridas do lado de fora do BBB 22 – como na vez em que ele trouxe à tona a ausência de mulheres e negros na diretoria da TV Globo.
Quanto à oportunidade de integrar o time do maior reality show do país, Paulo declarou:
“Fico feliz demais. O ‘BBB’ foi uma oportunidade muito boa de crescimento na minha carreira. Sou muito grato”.
HUMOR COM PROPÓSITO
Na mesma entrevista, Paulo Vieira explicou que não é à toa o tom de ousadia que investe em suas piadas. Segundo ele, o propósito do seu trabalho é provocar reflexões sociais e gerar debates entre o público sobre temáticas importantes.
“O que eu quero é, primeiramente, ser engraçado para causar riso em alguém. No Brasil de hoje, uma risada é quase um milagre que acontece. E também propor alguma coisa. De preferência, botar o dedo na ferida e me colocando na roda. Quando eu falo sobre a sociedade, eu estou inserido nessa sociedade, é autocrítica também. O meu humor tem a obrigação de ser propositivo”, opinou.
Em relação ao medo de ser mal interpretado ao fazer esse tipo de trabalho, Vieira afirmou: “Trabalhar com ironia é uma dificuldade porque o nosso povo é deseducado, o nosso nível de educação é baixo. Por isso, eu milito pela educação, para que o meu trabalho possa melhorar e eu possa fazer piadas melhores. A televisão tem o papel constitucional de educar”.