As tensões no Oriente Médio aumentaram depois que os EUA realizaram, no sábado (21), bombardeios de grande escala contra instalações nucleares iranianas. O próprio presidente Donald Trump anunciou a operação em sua rede social, a Truth Social. Em sua postagem, ele declarou:
“Concluímos com muito sucesso nosso ataque aos três locais nucleares no Irã, incluindo Fordow, Natanz e Esfahan. Todos os aviões já estão fora do espaço aéreo iraniano. Uma carga completa de BOMBAS foi lançada no principal alvo, Fordow. Todos os aviões estão em segurança a caminho de casa. Parabéns aos nossos grandes Guerreiros Americanos. Não há outro exército no mundo que poderia ter feito isso. AGORA É A HORA DA PAZ! Obrigado por sua atenção a este assunto.”
“Ou haverá paz, ou haverá tragédia para o Irã. Que cessem os ataques que vimos nos últimos oito dias. Hoje foi o dia mais difícil de todos, e talvez o mais letal. Mas se a paz não vier rápido, nós vamos continuar atacando com precisão e habilidade”, disse Trump em pronunciamento oficial.
Esse episódio, que marcou a primeira vez, em 45 anos de conflitos entre os dois países, em que os americanos realizaram uma ofensiva dessa magnitude, provocou reações imediatas nas redes sociais e em debates internacionais. Mas estamos em risco iminente de uma Terceira Guerra Mundial?
Segundo Maurício Santoro, colaborador do Centro de Estudos Político-Estratégicos da Marinha do Brasil, ouvido pela CBN, trata-se de um marco histórico. Ainda assim, ele acredita que uma nova grande guerra não deve acontecer.
Conforme explicou Santoro, o governo americano deve concentrar seus esforços em limitar a operação a ações pontuais. “Haverá um esforço do presidente Donald Trump em tentar limitar a guerra a ataques pontuais contra as instalações nucleares do Irã”, avaliou o especialista. Além disso, ele apontou que o episódio levanta discussões sobre o futuro do programa nuclear iraniano e sobre os possíveis impactos no Brasil.
Receio da Terceira Guerra Mundial cresce após os bombardeios
Embora o cenário seja complexo, os recentes ataques contra o Irã e a escalada de tensões na região despertaram um alerta global. Mesmo antes do bombardeio às forças nucleares iranianas, o presidente russo, Vladimir Putin, manifestou preocupação com o aumento do risco de uma Terceira Guerra Mundial durante o Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo. Para ele, a situação no Oriente Médio, somada ao conflito entre Israel e Irã, amplia as chances de um confronto global.
Na ocasião, Putin destacou que os ataques israelenses às instalações nucleares do Irã são exemplos claros de como o cenário se torna cada vez mais delicado. Apesar disso, ele defendeu o direito do Irã ao uso pacífico da energia nuclear e ressaltou que técnicos russos seguem trabalhando nos reatores do país persa.
Esforços internacionais tentam conter a escalada e evitar uma Terceira Guerra Mundial
Diante da gravidade dos fatos, Moscou tem buscado caminhos para o diálogo. Putin afirmou que a Rússia mantém contatos frequentes tanto com autoridades iranianas quanto com representantes de Israel, sempre na tentativa de apresentar soluções que evitem novos confrontos. “Não buscamos mediar, apenas propomos ideias. Se forem aceitas por ambos, ficaremos satisfeitos”, declarou o líder russo, demonstrando esperança em uma saída negociada.
Por fim, Putin também relembrou os perigos que uma escalada nuclear representa, citando o conflito na Ucrânia como outro foco de preocupação. Ele alertou para as consequências devastadoras de qualquer uso de armas nucleares na região e reafirmou o compromisso de seu país em responder com rigor a ameaças dessa natureza.
Resumo:
Os recentes bombardeios dos EUA contra instalações nucleares iranianas aumentaram o receio de uma Terceira Guerra Mundial. Especialistas e líderes alertam para os riscos e defendem a busca por soluções diplomáticas.
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