A confirmação do primeiro caso humano de bicheira-do-Novo-Mundo nos Estados Unidos gerou um alerta. O Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA (HHS) e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) confirmaram o caso em uma pessoa que havia retornado de uma viagem a El Salvador, um país com surtos da praga. Essa notícia causou uma onda de preocupação, afinal, o parasita já havia sido erradicado no país na década de 1960. Com efeito, agora as autoridades reforçam a necessidade de vigilância.
Bicheira-do-Novo-Mundo e a ameaça aos rebanhos
A mosca-da-bicheira representa um enorme perigo, especialmente para o gado. Fêmeas adultas põem ovos em feridas abertas de animais de sangue quente. As larvas, quando eclodem, penetram na pele e começam a se alimentar do tecido vivo. Por causa disso, as feridas aumentam de tamanho, sangram e exalam um odor que atrai ainda mais moscas, tornando a situação mais grave.
A infestação da mosca-da-bicheira não é apenas uma ameaça à saúde animal, mas também uma ameaça à economia. O USDA estimou que um surto no Texas, o maior estado produtor de gado dos EUA, custaria aproximadamente US$ 1,8 bilhão em perdas. Além disso, a praga pode impactar a cadeia de fornecimento de alimentos e causar prejuízos na produção de carne e leite. Por isso, a indústria pecuária e o governo devem agir rapidamente para conter o problema.
Como o governo americano reagiu?
O governo dos EUA intensificou as ações de combate. A secretária do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), Brooke Rollins, anunciou planos para construir uma nova instalação de moscas estéreis, em um esforço para combater a praga. Esta técnica, conhecida como Técnica do Inseto Estéril (TIE), consiste em liberar moscas macho estéreis na natureza. Eles se acasalam com as fêmeas selvagens, mas não produzem descendentes, o que ajuda a controlar a população. De fato, a TIE foi a mesma estratégia usada para erradicar a praga nos EUA em 1966.
No entanto, a comunicação sobre o caso gerou críticas. Autoridades estaduais, como a veterinária Beth Thompson, de Dakota do Sul, apontaram a falta de transparência do CDC, alegando que souberam do caso por meios não-oficiais. Em suma, essa situação mostra que a vigilância e a colaboração são essenciais.
A saúde humana e os cuidados com a mosca-da-bicheira
Embora a bicheira-do-Novo-Mundo raramente infeste seres humanos, as consequências podem ser graves se não houver um tratamento adequado. Os sintomas de uma infestação incluem dor intensa, sensação de movimento sob a pele e a formação de lesões semelhantes a furúnculos que não cicatrizam. Felizmente, o risco de introdução da doença para a saúde pública nos EUA é muito baixo, segundo o porta-voz do HHS, Andrew G. Nixon.
Ainda assim, é importante que viajantes e pessoas que vivem em áreas de risco estejam atentas. Além disso, evite contato com feridas de animais e, se notar qualquer sintoma suspeito, procure atendimento médico imediatamente. A prevenção, portanto, é a sua maior aliada.
Resumo: O primeiro caso de bicheira-do-Novo-Mundo em humanos nos EUA despertou um alerta nacional. O parasita, que causa grandes prejuízos à pecuária e pode ser fatal, fez com que as autoridades americanas reforçassem as medidas de combate. O governo reativou a produção de moscas estéreis para evitar a proliferação da praga e pede a colaboração da população na vigilância contra a infestação.
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