Nesta semana, o caso Vitória envolvendo Patrícia Poeta e a Globo chamou atenção. A família da jovem de 17 anos, assassinada em Cajamar, na Grande São Paulo, estaria cogitando acionar a Justiça. O motivo? Uma pergunta feita pela apresentadora no programa Encontro que constrangeu o pai da jovem.
Durante a transmissão, a apresentadora do Encontro leu uma informação da produção e questionou Carlos Alberto Souza, pai da vítima: “O senhor estava sabendo disso?”. Visivelmente surpreso, ele respondeu: “Não. Não sabia de nada disso”. O momento gerou grande repercussão.
A situação pode ter consequências sérias. O advogado Daniel Blanck explicou que, caso a família leve o caso adiante, tanto a apresentadora quanto a emissora podem ser responsabilizadas.
O que pode acontecer com Patrícia Poeta?
Blanck esclareceu que a emissora pode ser penalizada por violar o princípio da dignidade da pessoa humana. “Os direitos à informação e à livre manifestação não são absolutos. Eles encontram limites em outros direitos constitucionais, como a honra e a privacidade”, explicou.
Se condenada, a Globo pode ser obrigada a pagar uma indenização à família por danos morais. Além disso, pode ser exigida uma retratação pública ao vivo no Encontro, no mesmo espaço onde ocorreu a gafe.
Patrícia Poeta pode ser responsabilizada?
Mesmo tendo lido o teleprompter da produção, Patrícia Poeta também pode enfrentar consequências. “Apresentadores e jornalistas possuem responsabilidade ética e jurídica sobre suas falas”, afirmou Blanck. Caso fique comprovado que ela expôs a família de forma desrespeitosa, pode responder na Justiça por danos morais.
No entanto, se provar que apenas seguiu as instruções do programa sem intencionar o constrangimento, a maior responsabilidade pode recair sobre a Globo. “Ainda assim, comunicadores devem avaliar o impacto de suas falas e podem ser responsabilizados se ultrapassarem os limites do respeito”, concluiu o advogado.
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