O mandato de Nicolás Maduro chegou ao fim, mas o país enfrenta um dos momentos políticos mais tensos de sua história. Diversos países, incluindo grandes potências internacionais, questionaram o resultado das eleições e pediram uma nova auditoria. O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela, aliado ao governo, se recusou a divulgar os números oficiais, lançando dúvidas sobre a legitimidade do processo.
Enquanto isso, órgãos de oposição apresentaram dados que indicam que Edmundo González recebeu 67% dos votos, contestando a vitória anunciada por Maduro. Essa revelação gerou ainda mais turbulência, com o governo emitindo uma ordem de prisão contra González, que atualmente está exilado em Madrid.
Edmundo González promete voltar à Venezuela para assumir a presidência
Mesmo exilado, Edmundo González declarou que retornará ao país no dia da troca de governo, determinado a assumir o posto de novo presidente da Venezuela. “O povo venezuelano me escolheu, e estarei lá para honrar essa decisão”, afirmou González em um comunicado oficial.
O governo de Maduro, por outro lado, mobilizou seus apoiadores para marchar em defesa do atual presidente, reforçando sua posição em meio à crise. A oposição também convocou a população a sair às ruas em uma demonstração de força contra o regime: “É hora de lutar e mostrar que não aceitaremos mais abusos”, declarou um líder opositor.
Manifestações e prisões aumentam a tensão no país
As ruas da Venezuela foram tomadas por protestos fervorosos na última quinta-feira (9). Enquanto partidários de Maduro marchavam com camisas pró-governo, a oposição organizava manifestações contra o presidente. Maria Corina Machado, uma das principais líderes opositoras, também participou, apesar de ter sido detida por algumas horas no dia anterior.
Esse cenário reflete a polarização extrema vivida pela Venezuela. Com mais de 8 milhões de pessoas deixando o país durante os 12 anos de governo de Nicolás Maduro, a crise humanitária e política parece longe de acabar. Se Maduro permanecer no cargo, iniciará seu terceiro mandato consecutivo, estendendo seu governo até 2030.
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