Na última quinta-feira (16), a Polícia Civil de Goiás indiciou Lucas Lucco, de 34 anos, por envolvimento em um suposto esquema de fraude na venda de veículos de luxo. Além do cantor, o pai de Lucas Lucco, Paulo Roberto de Oliveira, e um homem identificado como falso advogado também foram acusados de estelionato, associação criminosa, falsidade ideológica e documental.
Segundo o inquérito, os três teriam tentado aplicar um golpe contra um empresário do setor automobilístico durante a negociação de um Porsche. A acusação afirma que o artista propôs uma troca de veículos, mas omitiu que os dois carros oferecidos estavam com parcelas atrasadas de financiamento.
De acordo com o delegado Manoel Borges, em entrevista ao telejornal JA1 (TV Anhanguera/Globo), o empresário percebeu a irregularidade somente após fechar o negócio. A denúncia foi formalizada há cerca de quatro meses, quando a vítima, sentindo-se enganada, procurou as autoridades.
Pai de Lucas Lucco também entrou na investigação, já que ele participou ativamente da negociação. Ainda segundo a polícia, os envolvidos usaram documentos falsificados, inclusive com assinaturas digitais adulteradas.
Defesa diz que Lucas Lucco e pai foram vítimas
Logo após a divulgação do indiciamento, a assessoria jurídica de Lucas Lucco se manifestou oficialmente. Em nota, a equipe do cantor afirmou que tanto ele quanto seu pai foram, na verdade, vítimas de um esquema elaborado por Eliel Levistone Silva e Souza, que se passou por advogado para intermediar a transação.
“A assessoria jurídica do cantor informa que, desde o início, contribuiu com investigações, apresentando à Autoridade Policial todas as provas no sentido de que Lucas Lucco e seu pai foram vítimas de um golpe arquitetado por Eliel Levistone Silva e Souza, numa permuta de veículos Porsche”, diz a nota.
Conforme a defesa, Eliel teria fraudado assinaturas e apresentado documentos falsos para conduzir a negociação de forma criminosa. A nota também reforça que Lucas Lucco e seu pai nunca chegaram a usufruir de nenhum dos veículos envolvidos na permuta, sofrendo inclusive prejuízo financeiro.
Além disso, os advogados do artista alegam que, desde o início, colaboraram com a investigação, apresentando todas as provas necessárias para comprovar que não participaram do crime. Ainda segundo o comunicado, o caso também está sendo analisado na esfera cível, em Uberlândia (MG), e segue em segredo de justiça.
Caso ainda está em andamento
Embora o inquérito da Polícia Civil tenha resultado no indiciamento, o processo ainda está em fase de apuração. Portanto, o cantor e os demais envolvidos terão direito ao contraditório e à ampla defesa antes de qualquer julgamento definitivo.
O que se sabe até agora é que o suposto advogado teria agido sozinho ao falsificar documentos e enganar todas as partes envolvidas, incluindo Lucas Lucco e seu pai. Portanto, segundo a defesa, o cantor estaria sendo injustamente responsabilizado por um crime que não cometeu.
Resumo: A Polícia Civil de Goiás indiciou Lucas Lucco, o pai dele e um suposto advogado por estelionato na negociação de um Porsche. A defesa nega a acusação e afirma que eles foram vítimas de um golpe. O caso segue sob investigação nas esferas criminal e cível, e a assessoria jurídica garante que os fatos serão esclarecidos.
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