O ganhador da Mega-Sena que morreu 24 dias após resgatar o prêmio de R$ 201 milhões foi vítima de uma parada cardiorrespiratória, também conhecida como parada cardíaca, segundo a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). Antônio Lopes Siqueira tinha 73 anos e o caso aconteceu em Cuiabá (MT).
Apesar do exame de necrópsia, a perícia ainda não confirma que esta foi a causa principal e definitiva da morte. Os legistas ainda realizam exames complementares para conclusão do caso do ganhador da Mega-Sena, que morreu na última quarta-feira (4).
Antônio Lopes estava fazendo um tratamento odontológico em uma clínica, quando passou mal e veio a óbito. O veterano havia recebido R$ 201 milhões no mês anterior. Segundo o dono da lotérica de onde saiu o prêmio, o vencedor havia feito um ‘jogo surpresa’ único de apenas R$ 5. A probabilidade era de 1 em 50.063.860.
Casos trágicos com vencedores da Mega-Sena
O caso do ganhador da Mega-Sena que morreu em Cuiabá ganhou destaque nas redes sociais pelo caráter incomum do caso. Por outro lado, esse não é o primeiro o envolvendo tragédias entre ganhadores de prêmios milionários nas lotéricas brasileiras.
Os desfechos dramáticos vão de assassinatos a disputas judiciais envolvendo heranças milionárias. AnaMaria relembra alguns:
- Assassinato de Renné Senna
Um dos casos mais conhecidos é o assassinato de Renné Senna, que tinha as duas pernas amputadas por complicações da diabete, em 2007. Cerca de dois anos após receber sozinho R$ 51,9 milhões da Mega-Sena, ele foi assassinado a tiros.
A viúva, Adriana Almeida, suspeita de ser mandante do assassinato, foi presa, além de outras cinco pessoas. A mulher nega a participação e defende sua inocência. Em 2018, ela foi condenada a 20 anos de prisão. Em 2022, a filha de Renné recebeu a metade dos R$ 43 milhões do prêmio, após recolhido os impostos.
- Miguel Ferreira, o milionário da Mega no Ceará
Miguel Ferreira de Oliveira recebeu R$ 39 milhões no jogo, em 2011. Em fevereiro de 2018, ele foi assassinado a tiros em um bar na cidade de Campos Sales, no Ceará. O executor, Antônio Pedro dos Santos, preso no ano seguinte. Ele recebeu o direito de responder em liberdade, mas foi assassinado em 2020.
José Ademir Soares da Silva foi condenado por fornecer a arma usada no crime, enquanto Francisco Costa Torres Júnior foi acusado de ser o mandante do crime, e responde em liberdade. Ele e a vítima teriam brigado no dia anterior à morte.
- Fábio Leão Barros: o pai queria matá-lo?
Fábio Leão Barros recebeu R$ 28 milhões na Mega-Sena em 2006, e transferiu o prêmio para a conta do pai. Ao pedir de volta, iniciou-se uma briga familiar. Francisco Serafim Barros se recusou, e o filho o processou judicialmente, em 2010.
Dois anos depois, ele foi preso em Cuiabá (MT) por ter supostamente planejado a morte do filho. A morte não aconteceu porque dois pistoleiros contratados para matá-lo foram parados em uma blitz policial e confessaram a intenção. Francisco foi solto e nega as acusações. Ele e Fábio entraram em acordo na Justiça.
- Jonas Lucas Alves Dias: morto e torturado
Jonas Lucas Alves Dias ganhou R$ 47,1 milhões na Mega-Sena, em 2020. Dois anos depois, ele foi encontrado morto com sinais de tortura às margens da Rodovia dos Bandeirantes, no interior de São Paulo. Segundo as investigações, criminosos teriam premeditado o crime para extorquir a vítima.
A polícia encontrou várias tentativas de movimentação suspeita na conta — uma delas, de R$ 3 milhões. Os condenados são Roberto Jeferson da Silva, o Gordo, e Marcos Vinicius Ferreira (28 anos de prisão), e Marcos Vinicyus Sales de Oliveira (30 anos de reclusão).
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