A entrevista concedida por Dado Dolabella ao jornalista Roberto Cabrini, exibida neste domingo (2) pela TV Record, trouxe à tona um dos episódios mais marcantes de sua trajetória: a agressão à ex-namorada e atriz Luana Piovani, em 2008. O ator admitiu ter agredido a artista e classificou sua atitude como “covarde”. O caso, que já havia sido julgado e condenado pela Justiça, voltou a ganhar repercussão após novos rumores de violência envolvendo o ator e a atual namorada, a modelo Marcela Tomaszewski.
Dado Dolabella reconhece agressão a Luana Piovani
Durante a entrevista, Dado descreveu o episódio que ocorreu em uma boate na Gávea, no Rio de Janeiro. “Houveram (sic) agressões mútuas ali, naquele momento. Agredi. Eu reconheço”, afirmou. Ele relatou que a discussão começou quando insistia para que Luana fosse embora com ele, por volta das 3h da manhã.
Segundo o ator, a situação fugiu do controle quando tentou se afastar e acabou acertando a atriz. “A unha dela entrou no meu braço, e quando tentei me soltar, minha mão pegou com tudo nela, e ela caiu no chão”, contou.
Ao ser questionado por Cabrini se considerava a atitude covarde, Dolabella foi enfático: “Fui covarde. Porque a mulher com homem… a força é completamente desproporcional.”
Condenação e aplicação da Lei Maria da Penha
O episódio resultou em uma denúncia formal de Luana Piovani, em outubro de 2008, com base na Lei Maria da Penha — legislação criada para proteger mulheres em situação de violência doméstica e familiar.
Dois anos depois, em 2010, o ator foi condenado por lesão corporal pelo 1º Juizado de Violência Doméstica Familiar contra a Mulher do Rio de Janeiro. A decisão foi mantida pelo Tribunal de Justiça do Rio em 2011, fixando a pena em 2 anos e 9 meses de prisão, em regime aberto.
Essa condenação marcou a carreira do ator e se tornou um caso simbólico de como a Lei Maria da Penha pode atuar de forma efetiva na responsabilização de agressores, mesmo quando se trata de figuras públicas.
Rumores de nova agressão reacendem o caso
Mais de uma década depois, o nome de Dado voltou a circular nas redes sociais, desta vez por suposta agressão à atual namorada, a modelo Marcela Tomaszewski. Os rumores começaram após o anúncio do término do relacionamento, em outubro deste ano.
Inicialmente, Marcela negou ter sido vítima de violência. No entanto, após a divulgação de imagens em que aparecia machucada, ela voltou atrás e confirmou o episódio por meio de seu então advogado, no dia 26 de outubro.
Pouco depois, o casal publicou uma nota conjunta nas redes sociais negando as agressões. No comunicado, Dado afirmou que o vídeo divulgado “fora do contexto” mostrava apenas um momento isolado de uma discussão “já superada” entre os dois. Ele também destacou que os fatos serão apurados de forma “justa, responsável e transparente”.
Histórico de relacionamentos conturbados
Além de Luana Piovani e Marcela Tomaszewski, o ator também teve um relacionamento com a cantora Wanessa Camargo. O namoro chegou ao fim após um suposto episódio de violência motivado por ciúmes durante uma confraternização com participantes do quadro Dança dos Famosos.

Os casos reacendem o debate sobre comportamentos abusivos e a necessidade de vigilância social diante de situações de violência. Especialistas ressaltam que, apesar de avanços, ainda é comum que mulheres enfrentem dificuldades para denunciar agressores, especialmente quando há exposição pública envolvida.
Por que esse assunto ainda importa
Mesmo passados 17 anos do caso com Luana Piovani, a admissão pública de Dado Dolabella reforça um ponto essencial: a violência doméstica não deve ser relativizada. A fala do ator sobre “covardia” escancara a importância de reconhecer e enfrentar comportamentos violentos, em vez de justificá-los.
A Lei Maria da Penha, criada em 2006, continua sendo uma das principais ferramentas de proteção às mulheres no Brasil. Casos como esse lembram que a responsabilização e o acolhimento são passos fundamentais para romper o ciclo da violência — e que admitir o erro, por si só, não é suficiente sem mudança real de comportamento.
Resumo:
A confissão de Dado Dolabella sobre a agressão a Luana Piovani reacende o debate sobre violência doméstica e o papel da Lei Maria da Penha na proteção das mulheres. O episódio mostra que, apesar de avanços, o enfrentamento desse tipo de crime ainda exige conscientização e ação firme da sociedade.
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