Dois irmãos, de 5 e 7 anos, foram encontrados mortos na madrugada desta quinta-feira (6), em Salvador. A mãe e o padrasto das crianças também passaram mal. A polícia investiga o que aconteceu.
Crianças comem gelatina: o que se sabe até agora
A Polícia Civil confirmou que os corpos de Benjamin, 7, e Maria Valentina, 5, apresentavam sinais de envenenamento. Yasmin, mãe das crianças, foi internada em estado grave no Hospital do Subúrbio, em Salvador. O padrasto, Jean da Hora, também precisou de atendimento, mas recebeu alta.
“Começou na terça-feira à noite. Passamos o dia todo mal e, hoje de manhã, vimos [os corpos das crianças]”, disse Jean em entrevista à TV Bahia. Ele e Yasmin estavam juntos havia cinco anos.
As caixas de gelatina foram compradas em um mercado e preparadas pela mãe das crianças, segundo Alexandra, avó dos irmãos. “Ontem à noite, ela me ligou para levar os meninos ao médico, porque tinham comido gelatina. Depois disso, eles começaram a passar mal”, contou à emissora.
Alexandra relatou que, quando a filha ligou, já não conseguia andar. “Ela me disse que, ao fechar a janela por causa da chuva, percebeu que os meninos não estavam respirando.”
Como começou
A família teria começado a passar mal na noite de terça-feira (4), após ingerir a sobremesa durante a tarde. Na quarta-feira (5), todos apresentaram diarreia. Na madrugada de quinta-feira, Yasmin percebeu que as crianças estavam sem sinais vitais.
Alexandra contou que a filha comprou e preparou a gelatina às 15h para a merenda. “Ela disse que demorou um tempo e, às 19h, todos começaram a se sentir mal, os quatro.”
Yasmin pensou que fosse algo passageiro, mas, com o tempo, perdeu as forças e viu que os filhos estavam piorando. Então, pediu ajuda à mãe, que a levaria ao hospital na manhã seguinte.
A mulher segue internada, com dores abdominais, diarreia e enjoo. Jean, que teve sintomas mais leves, foi liberado e acompanhou as investigações. “Não temos suspeita”, disse ele. “Passamos mal juntos. As investigações vão dizer o que aconteceu.”
Jean prestou depoimento no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), enquanto a casa da família passou por perícia do Departamento de Polícia Técnica (DPT). Os corpos das crianças estão no Instituto Médico Legal (IML) para necropsia.
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